Resultado do "Melhor do Booker"

Salman RushdieO romance "Os filhos da meia-noite" de Salman Rushdie foi premiado como o melhor entre todos os vencedores desde a primeira edição do Booker Prize. Rushdie, Cavaleiro do Império Britânico, de origem indiana, ficou mundialmente conhecido após ter sido ameaçado de morte por um decreto do aiatolá Khomeini em 1989, como punição pelo romance "Os versos satânicos".

A história da Índia moderna, a partir de sua independência em 1947, é a base do livro de Salman Rushdie que utiliza como fio condutor a troca de dois bebês, um de família hindu e outro de origem muçulmana, nascidos exatamente à meia-noite (ler aqui resenha completa do Mundo de K).

A votação, via Internet, se encerrou no dia 8 de Julho, sendo que 7801 pessoas visitaram o site do Booker Prize para escolher entre os seis romances nomeados: The Ghost Road de Pat Barker (1995), Oscar and Lucinda de Peter Carey (1988), Disgrace de JM Coetzee (1999), The Siege of Krishnapur de JG Farrell (1973), The Conservationist de Nadine Gordimer (1974) e o ganhador, Midnight's Children (1981), eleito com 36% dos votos.

Comentários

Unknown disse…
Ele é um escritor que sabe como tramar histórias interessantes, com um exotismo natural. Prende a atenção, estimula nosso raciocínio, e constrói acima de tudo cenas inesquecíveis. Uma escolha que eu faria se conhecesse todos os demais para comparar. Uma grande e oportuna lembrança. Abraços.
Alexandre Kovacs disse…
Djabal, compartilho a sua opinião sobre Rushdie e também não posso garantir que seja a melhor escolha, por não ter lido todos os seis indicados. Obrigado pela visita e comentário.
Maria Augusta disse…
Ainda não conheço nada dele, mas o tema do livro acho muito interessante. Li sobre as condições da independência da Índia, e como o país foi desmembrado para separar os hindus dos muçulmanos, um verdadeiro banho de sangue.
Certamente este livro traria elementos descrevendo a evolução da situação desde então.
Obrigada pela dica e um grande abraço.
Alexandre Kovacs disse…
Maria Augusta, Salman Rushdie, neste romance, acompanha a história da Índia pós-independência em alguns períodos principais como a guerra indo-paquistanesa de 1965 e os anos de ferro da primeira ministra Indira Ghandi de 1975 a 1977, mas em um clima de "realismo fantástico" se podemos chamar assim. Uma leitura imperdível.
Barros (RBA) disse…
Mesmo não conhecendo tão bem os demais concorrentes ao prêmio, tenho convicção, com base na comparação com muitas outra obras-primas que já li até hoje, de que "Os Filhos da meia-noite" de Salman Rushdie merece ter o destaque que teve pelo Booker Prize.
Anny disse…
Não li ainda. Mas já li muitas críticas boas a respeito desse livro.
Boa semana e um abraço.
Anny
Alexandre Kovacs disse…
Barros, concordo integralmente com o seu comentário. "Os filhos da meia-noite" é um romance inesquecível que merece ganhar qualquer prêmio.
Alexandre Kovacs disse…
Anny, Salman Rushdie é um autor que deve ser incluído em qualquer recomendação sobre literatura contemporânea, como comprova o Booker Prize.
Anônimo disse…
E olha que você já havia resenhado. Vou encomendar agora, Alexandre.
Passei para deixar um grande abraço amigão.
Alexandre Kovacs disse…
Daisy, obrigado pela visita. É uma recomendação garantida, com certeza você irá gostar.
vera maria disse…
Engraçado, não me entusiasmo com a literatura dele, acho que ele foi tão 'politizado' que devo associar sua figura pública a sua literatura, o que não quer dizer que não seja ótima literatura, claro, cisma minha.
um abraço,
clara lopez
Fico até sem jeito de opinar, já que Rushdie é tão bem considerado. Talvez eu tenha dado azar, mas o primeiro livro dele que tentei lei - Shalimar - me pareceu tão chato que desisti lá pela quadragésima página. E nunca mais me senti tentada a ler qualquer outra obra dele. Ou podia ser o dia errado. Já me aconteceu de não gostar de um livro, abandonar a leitura e, na falta de qualquer coisa nova para ler, retomar a leitura um ou dois anos depois e - oh surpresa - gostar muito.
Alexandre Kovacs disse…
Clara Lopez, confesso que também tinha esta mesma cisma com Salman Rushdie devido à perseguição política que ele sofreu por ter escrito o romance "Versos Satânicos". Neste caso, imaginava que talvez o valor literário do romance não fosse compatível com o espaço que a mídia dedicava ao assunto. Esta cisma acabou quando tive a oportunidade de ler o referido livro e se transformou em admiração após ler também:"O Último Suspiro do Mouro" e "Os Filhos da Meia-noite".
Alexandre Kovacs disse…
Sonia, tenho certeza absoluta de que você vai gostar muito do romance "Os Filhos da Meia-noite" e, afinal, acho que Salman Rushdie merece mais uma chance, não é mesmo?
Anônimo disse…
Desta lista, qual você daria o teu voto?
Alexandre Kovacs disse…
Anônimo, para dar um voto consciente seria necessário já ter lido todos os indicados, mas infelizmente só conheço Rushdie e Coetzee.
Anônimo disse…
Agora terminarei Inês da minha alma; mas reiniciarei a leitura!
Obrigado.
Alexandre Kovacs disse…
Lumdila, depois me conta se o Rushdie conseguiu chamar a sua atenção. Obrigado pela visita e comentário.
Anônimo disse…
Caro kovacs, avanço na leitura, entretanto dei outra escapadela, e devorei "O sol é para todos" de Harper Lee. Comprei para minha filha mas como ele estava sempre sobre a mesa da sala, entre uma página e outra, devorei, literalmente! Magistral, se não leu, por favor não perca. Pulitzer de 1961. LINDÍSSIMO!
Alexandre Kovacs disse…
Lumdila, Harper Lee está na minha lista de futuras leituras, ainda não conheço. Obrigado pela visita e também pela ótima dica!
Selena Sartorelo disse…
Olá Kovacs!

Parabéns!!!!! Que blog maravilhoso que tem aqui, comecei a ver uma postagem, passei para outra e conforme o lia...meus lhos corriam com o pensamento querendo saber qual seria o próximo assunto. Lindo! Fala de tudo, mostra, informa tão bem com tanta clareza...Vixi!!adorei!!! E fui indo, vindo e quando vi ah! a pagina tinha acabado...mas vou me divertir porque pelo que consegui ver tem um monte de coisas que gosto e quero ler...conforme estava escrevendo fui procurar uma música para ouvir e acabei parando no vídeo do Antônio Lobo Antunes e foi muito bom ouví-lo, nossa quanta coisa tem prá ser dito sobre esse silêncio e essa dissertação que Antunes faz...Bom! Parabéns...e se permitir também vou te seguir..mas agora preciso pensar em tudo o que li nessas palavras ouvidas e quanto de tanta certeza existem nelas e não.



beijos,
Alexandre Kovacs disse…
Selena, seja muito bem-vinda por aqui! A admiração é totalmente recíproca, pois após visitar o seu blog me tonei fã de carteirinha com direito a link e tudo o mais. Muito obrigado pelo comentário generoso e nos vemos lá no "Possibilidades".

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