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Mostrando postagens de julho, 2007

Salman Rushdie - Os filhos da meia-noite

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Salman Rushdie - Os filhos da meia-noite - Editora Companhia das Letras - 606 páginas - Publicação 2006 - Tradução de Donaldson M. Garschagen. Salman Rushdie, o premiado escritor britânico, nascido na Índia e ameaçado de morte por uma fatwa iraniana, decretada pelo aiatolá Khomeini em 1989 em decorrência do romance " Os versos satânicos ", recebeu em junho passado o título de Cavaleiro do Império Britânico por sua contribuição à literatura. Este fato desencadeou uma série de protestos no mundo muçulmano e ocasionou mais uma vez um antigo debate sobre a liberdade de expressão. Este romance, publicado originalmente em 1980, ganhou no ano seguinte o conceituado prêmio de literatura em língua inglesa Booker Prize . Em 1993, este mesmo romance foi premiado com o título " Booker of Bookers Prize ", conferido ao melhor livro publicado nos primeiros vinte e cinco anos desta premiação. A história da Índia moderna, a partir de sua independência em 15 agosto de 1947

Emily Dickinson - O exílio da poesia

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Emily Dickinson (1830-1886) formou, juntamente com Walt Whitman e Edgar Allan Poe, a base de toda a poesia americana do século XIX e adotou técnicas que seriam desenvolvidas pelos movimentos modernistas do próximo século. Harold Bloom define bem a essência do trabalho de Dickinson: " Se é possível a algum poeta partir do zero a cada novo poema, é questionável. Mas se alguém é capaz de fazê-lo, esse alguém é Emily Dickinson". É um fato extraordinário que todo o seu legado poético tenha sido desenvolvido à partir de uma vida reclusa. O trecho a seguir, citação da introdução de "Poemas de Emily Dickinson" da editora Hucitec em tradução de Idelma Ribeiro de Faria, desenvolve esta idéia: " Em sua cidadezinha rural não a poderiam compreender. Consideravam-na uma excêntrica, um ser fora da realidade, um "mito" (como em Amherst era apelidada), especialmente depois que decidiu vestir-se apenas de branco. Seu pai sentia-se perplexo ante seu procedimen

José Régio - Antologia

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O poeta, romancista, dramaturgo e crítico José Régio (1901-1969) foi um dos fundadores da revista " presença " em 1927 juntamente com Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões, inaugurando o segundo movimento modernista português iniciado por outra publicação famosa, a revista " Orpheu " em 1915, colaboração de Fernando Pessoa e Mario de Sá Carneiro . Segundo Massaud Moisés em “ A literatura portuguesa ”, o antagonismo carne / espírito, elemento central na obra de José Régio é explicado da seguinte forma: “ O centro nevrálgico de sua obra, especialmente a poética, é representado por um problema de simultânea raiz intelectual e sensitiva: a do diálogo entre Homem e Deus, em que o primeiro manifesta irrecorrível carência de Absoluto. O poeta quer Deus, desespera-se, angustia-se na procura, mas ao mesmo tempo gostaria de não o querer, tal o seu egocentrismo: o debate íntimo nasce do fato de sentir a necessidade do absoluto, que lhe dá a medida de sua relativid

Radiohead - OK Computer

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Após dez anos de lançamento do album " OK Computer (1997) " , Thom Yorke e demais integrantes do Radiohead tem garantida a sua maioridade na cena do Rock contemporâneo e assegurado o posto de uma das bandas mais criativas e influentes desde o início dos anos noventa. Terceiro álbum na discografia da banda, em sequência a "Pablo Honey (1993)" e "The Bends (1995)", "OK Computer (1997)" tem sido considerado pela crítica especializada um dos melhores discos de Rock de todos os te mpos. Na minha opinião, os três primeiros albuns do Radiohead devem ser incluídos em qualquer lista do tipo "dez mais" dos anos noventa. Somando-se a esta lista, pelo menos, os excelentes "Nevermind (1991)" e "In Utero (1993)" do Nirvana, sobra muito pouco para o restante da década. "OK Computer" é um álbum conceitual, mas sem os exageros sinfônicos e viagens delirantes (muitas vezes entediantes) das bandas progressivas dos