Os 100 livros mais influentes - Times Literary Suplement
O suplemento literário do Jornal Times de 06 de Outubro de 1995 publicou uma lista com os 100 livros que mais influenciaram a cultura ocidental após a Segunda Guerra Mundial. Nesta relação não foram consideradas obras importantes da primeira metade do século XX produzidas por autores como Sigmund Freud, Martin Heidegger, Aldous Huxley e Franz Kafka. Enfim, assim como toda lista é sujeita a contestações e emendas, mas tem como maior mérito relembrar alguns clássicos da nossa época e abranger várias áreas do conhecimento humano, além da literatura, como filosofia, antropologia, economia, história, política etc. Acrescentei a tradução dos títulos com ano de publicação, um serviço de utilidade pública.
Livros da década de 1940
(02) Marc Bloch: Apologia da História (1949);
(03) F. Braudel: O Mundo Mediterrâneo (1949);
(04) James Burnham: A Revolução Gerencial (1941);
(05) Albert Camus: O Mito de Sísifo (1942);
(06) Albert Camus: O Estrangeiro (1942);
(07) R. G. Collingwood: A Idéia de História (1946);
(08) Erich Fromm: O Medo à Liberdade (1941);
(09) T. W. Adorno: Dialética do Esclarecimento (1947);
(10) Karl Jaspers: O Escopo Perene da Filosofia (1948);
(11) Arthur Koestler: O Zero e o Infinito (1940);
(12) Andre Malraux: A Condição Humana (1933);
(13) Franz Neumann: Estrutura e Prática do Nacional Socialismo (1944);
(14) George Orwell: A Revolução dos Bichos (1945);
(15) George Orwell: 1984 (1949);
(16) Karl Polanyi: A Grande Transformação (1944);
(17) Karl Popper: A Sociedade Aberta e Seus Inimigos (1945);
(18) Paul Samuelson: Introdução à Análise Econômica (1948);
(19) Jean-Paul Sartre: O existencialismo é um Humanismo (1946);
(20) J. Schumpeter: Capitalismo, socialismo e democracia (1942);
(21) Martin Wright: Política do Poder (1946).
Livros da década de 1950
(22) Hannah Arendt: As Origens do Totalitarismo (1951);
(23) Raymond Aron: O ópio dos intelectuais (1955);
(24) Kenneth Arrow: Escolha Social e Valores Individuais (1951);
(25) Roland Barthes: Mitologias (1957);
(26) Winston Churchill: A Segunda Guerra Mundial (1953);
(27) Norman Cohn: A Perseguição do Milênio (1957);
(28) M. Djilas: Uma Análise do Sistema Comunista (1957);
(29) Mircea Eliade: Imagens e Símbolos (1952);
(30) Erik Erikson: Young Man Luther (1958);
(31) Lucien Febvre: Combates pela História (1953);
(32) John Kenneth Galbraith: The Affluent Society (1958);
(33) E. Goffman: A Representação do Eu na Vida Cotidiana (1956);
(34) Arthur Koestler: O Deus que Falhou (1959);
(35) Primo Levi: É Isto um Homem? (1958);
(36) Claude Levi-Strauss: A World on the Wane (1955);
(37) Czeslaw Milosz: A Mente Cativa (1953);
(38) Boris Pasternak: Doutor Jivago (1958);
(39) David Riesman: A Multidão Solitária (1950);
(40) Herbert Simon: Modelos do Homem (1957);
(41) C. P. Snow: As Duas Culturas (1959);
(42) Leo Strauss: Direito Natural e História (1953);
(43) J. L. Talmon: As Origens da Democracia Totalitária (1952);
(44) A. J. P. Taylor: The Struggle for Mastery in Europe (1954);
(45) Arnold Toynbee: Um Estudo da História (1934 - 61);
(46) Karl Wittfogel: Despotismo Oriental (1957);
(47) Ludwig Wittgenstein: Investigações Filosóficas (1953).
Livros da década de 1960
(48) Hannah Arendt: Eichmann em Jerusalém (1963);
(49) Daniel Bell: O Fim da Ideologia (1960);
(50) Isaiah Berlin: Four Essays on Liberty (1969);
(51) Albert Camus: Notebooks 1935 -1951 (1964);
(52) Elias Canetti: Massas e Poder (1960);
(53) Robert Dahl: Quem Governa? (1961);
(54) Mary Douglas: Pureza e Perigo (1966);
(55) Erik Erikson: A Verdade de Gandhi (1969);
(56) Michel Foucault: História da Loucura (1961);
(57) Milton Friedman: Capitalismo e Liberdade (1962);
(58) Alexander Gerschenkron: Atraso Econômico (1962);
(59) Antonio Gramsci: Cadernos do Cárcere (1960);
(60) H. L. A. Hart: O Conceito da Lei (1961);
(61) Friedrich von Hayek: A Constituição da Liberdade (1960);
(62) Jane Jacobs: Morte e Vida de Grandes Cidades (1961);
(63) Carl Gustav Jung: Memórias, Sonhos e Reflexões (1960);
(64) Thomas Kuhn: A estrutura das revoluções científicas (1962);
(65) Emmanuel Le Roy Ladurie: The Peasants of Languedoc (1966);
(66) Claude Levi-Strauss: The Savage Mind (1962);
(67) Konrad Lorenz: A Agressão (1966);
(68) Thomas Schelling: A Estratégia do Conflito (1960);
(69) Fritz Stern: The Politics of Cultural Despair (1961);
(70) E. P. Thompson: Formação Classe Operária Inglesa (1963).
Livros da década de 1970
(71) Daniel Bell: As Contradições Culturais do Capitalismo (1976);
(72) Isaiah Berlin: Pensadores Russos (1978);
(73) Ronald Dworkin: Levando os Direitos à Sério (1977);
(74) Clifford Geertz: A Interpretação das Culturas (1973);
(75) Albert Hirschman: Exit, Voice, and Loyalty (1970);
(76) Leszek Kolakowski: Correntes Principais do Marxismo (1976);
(77) Hans Kueng: Ser Cristão (1977);
(78) Robert Nozick: Anarquia, Estado e Utopia (1974);
(79) John Rawls: Uma Teoria da Justiça (1971);
(80) Gershom Scholem: A Idéia Messiânica no Judaísmo (1971);
(81) Ernst Friedrich Schumacher: Small Is Beautiful (1973);
(82) Tibor Scitovsky: The Joyless Economy (1976);
(83) Quentin Skinner: Bases do Pensamento Político Moderno (1978);
(84) Alexander Solzhenitsyn: Arquipélago Gulag (1973 - 1978);
(85) Keith Thomas: Religião e o Declínio da Magia (1971).
Livros da década de 1980 e além
(86) Raymond Aron: Memórias (1983);
(87) Peter Berger: A Revolução Capitalista (1986);
(88) Norberto Bobbio: O Futuro da Democracia (1984);
(89) Karl Dietrich Bracher: A Experiência Totalitária (1987);
(90) John Eatwell and others: Dicionário de Economia - 4 vol. (1987);
(91) Ernest Gellner: Nações e Nacionalismo (1984);
(92) Vaclav Havel: Living in Truth (1986);
(93) Stephen Hawking: Uma Breve História do Tempo (1988);
(94) Paul Kennedy: Ascensão e Queda das Grandes Potências (1987);
(95) Milan Kundera: O Livro do Riso e do Esquecimento (2001);
(96) Primo Levi: Os Afogados e os Sobreviventes (1990);
(97) Roger Penrose: A Mente Nova do Rei (1993);
(98) Richard Rorty: Filosofia e o Espelho da Natureza (1979);
(99) Amartya Sen: Recursos, Valores e Desenvolvimento (1984);
(100) Michael Walzer: Esferas da Justiça (1983).
Comentários
Sem a "Breve História do Tempo", oficialmente seria infinitamente analfabeta literária.
Ainda há tempo de construirmos os melhores da geração 2000.
O que indica?
Boa semana!
Kovacs, como estou reformulando meus blogs, eu criei um link à sua página juntamente com o da Biblioteca Camões; enfim, vou retirá-lo e posteriormente colocarei seu link novamente, pois abri um espaço para um "rodízio" mensal de blogs e o seu não ficará de fora irá depois para o "vai e vem dos blogs" depois por favor dê uma olhada combinado.
abraço das letras
Marcos
Enfim, sempre é bom ter conhecimento dessas listas mesmo com as controvérsias.
Ótimo post!
Beijos Tempestuosos!
Quanto ao link, não se preocupe já que o mais importante para mim é contar com a sua presença por aqui.
As listas funcionam mais pela oportunidade do debate já que nunca existe um consenso sobre elas. Também só gosto de ler o que sinto vontade!
Tenho na 'pequena futura biblioteca familiar' os livros 'Meu nome é vermelho' e 'Neve' aguardando...
Haja tempo!
Grata pela dica pois já estão em prioridade.
A cada dia que passa 'eu sei que nada sei'
Alguns vai pra minha lista pra se ler...
Dessa lista só li, Revoluções dos Bixos e 1984...
Há tanta coisa pra se ler pra se aprender...
Um abração e boa semana.
Eu me divirto com listas. O mais interessante é o valor relativo delas - para você ter idéia, minhas próprias listas estão em constante mudança. Dessa apresentada, só li O Estrangeiro e A Revolução dos Bichos.
Obrigda por se incluir como um de meus seguidores...Um prazer.
Caso contrário acabamos comparando alhos com bugalhos. Mas de qualquer forma as listas são ótimo assunto para blogs.
Un saludo um companheiro literário.
I pretend to practice my spanish reading your blog. Thanks for the visit and greetings from Rio.
Sobre o post: fico feliz de ter lido, pelo menos, umas dez obras das que estão listadas. E todas ótimas, por sinal.
Já me tornei seguidora do teu blog.
Um grande abraço :)
Numa pagina que fermenta alegria…
É sonhar acordado e voar na leveza
De poetizar tudo… porque tudo é poesia
Uma semana de paz e alegria…
O eterno abraço…
-MANZAS-
No entanto, a tristeza é tanta por não conseguirmos acompanhar tudo o que já foi e ainda é lançado!
Enfim, o Clifford Gertz e o Braudel sao caras que devem ser lidos. A proposito, o Mediterraneo do Braudel foi uma das obras mais fantasticas e interminaveis - 2 volumes de 600 paginas cada - de Historia que ja li. Gosto muitissimo das Origens do Totalitarismo da Arendt e da teoria da justica do Rawls - mesmo que algumas das ideias deste sejam inimaginaveis no Brasil...
Tambem senti a falta de mais obras literarias... nessa lista.
Abracos meu chapa, Chico
Nota. falando em Marc Bloch, essa lista podia ter um outro livro interessante, "Os Reis Taumaturgos."
Porém, é importantíssima a divulgação e oportuna a sua lembrança, como sempre. Para proveito geral dos humanos. Um grande abraço.
É sempre bom relembrar um pouco do que passou. Meus cumprimentos, este Blog prima pela boa qualidade cultural, voltarei mais vezes, e se me permite, serei seguidora deste evento Literario,
Efigênia Coutinho
http://efigeniacoutinhopoesias.blogspot.com/
NOVAS POSTAGENS AO BLOG
abraço
Fico pensando às vezes que você é algum tipo de anjo protetor das cabeças avoadas que nem a minha.
Gratíssima por todo o blog. E muito por est post em especial.
Beijos
Bem que poderiam publicar uma lista semelhante, mas apenas da área de literatura!
Esta é uma afirmativa para muito debate e reflexão, tema para outra postagem. Obrigado pela participação inteligente, como sempre!
Abração
Diego
E agora, ao saber que a indicação partiu de você, fico ainda mais satisfeito. Sempre considerei os seus textos como referência de qualidade na blogosfera.
Obrigado pela consideração e vou pensar com carinho na proposta, pois só gosto de assumir compromissos que tenho a certeza de poder cumprir.
Enquanto permaneço acordado no teu roseiral…
Vigilante no teu galante corpo, rosa sem véu
Batem janelas inquietas, pétalas em temporal
Neste momento,
Desejo
Um bom fim-de-semana
Materializado em harmonia
Com muita alegria…
Um excelente CARNAVAL
Com muito divertimento
Desmascarando amor
Com paz,
Cheio de muita folia…
O eterno abraço…
-MANZAS-
É cada vez mais difícil "publicar"...
Foi por isso que acabei achando você (que bom!), entre blogs de amigos.
Sem Hannah Arendt ficaria difícil viver! Senti falta de "A Condição Humana" na lista, aliás. Por mim, ela estaria ali em todas as décadas, pelo "conjunto da obra"...
Adorei ver a Mary Douglas lá, também.
Parabéns pelo blog, e por ter tão generosamente linkado tantas coisas interessantes.
Abração