Jean de La Bruyère - Les Caractères
Publicado pela primeira vez em 1688, Les Caractères de Jean de La Bruyère (1645-1696) rapidamente se tornou um sucesso de público e crítica na França de Luís XIV, registrando o cotidiano de nobres e plebeus, a sua coleção de máximas moralistas acabou se tornando uma síntese da natureza humana e muitas de suas citações são rigorosamente aplicáveis nos dias de hoje.
Selecionei alguns exemplos abaixo de uma edição fora de catálogo da Editora Cultrix - São Paulo, de 1965 com seleção, tradução e notas de Alcantara Silveira. Esta edição tomou como base o original publicado na Bibliothèque de La Pléiade sob o título geral de Oeuvres Complètes de La Bruyère (Gallimard, 1951).
Vale ressaltar que existem muitas adaptações e simplificações dos textos de La Bruyère na Internet que, em sua maioria, não correspondem aos textos originais e, algumas vezes, nem mesmo ao próprio autor, infelizmente.
"O prazer da crítica rouba o de nos sentirmos vivamente tocados pelas belas coisas." (Das Obras do Espírito);
"Se é comum impressionarmo-nos vivamente com as coisas raras, por que nos impressionamos tão pouco com a virtude?" (Do Mérito Pessoal);
"Não se poderia descobrir a arte de se fazer amar por sua própria mulher?" (Das Mulheres);
"O tempo, que fortalece as amizades, enfraquece o amor." (Do Coração);
"Percebemos que o amor começa ou acaba por nosso embaraço ao ficarmos a sós." (Do Coração);
"Há certas pessoas de certo estofo ou de certo caráter com as quais nunca devemos nos meter, das quais devemos nos queixar o menos possível, contra as quais não é nem mesmo permitido ter razão." (Da Sociedade e da Conversação);
"Só há no mundo duas maneiras de se elevar: por seu próprio esforço ou pela imbecilidade dos outros." (Dos Bens de Fortuna);
"Para o homem só existem três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Não sente quando nasce, sofre para morrer e esquece de viver." (Do Homem);
"Depois do espírito de discernimento o que há, no mundo, de mais raro, são os diamantes e as pérolas." (Dos Julgamentos);
"A impossibilidade em que me encontro de provar que Deus não existe me demonstra sua existência." (Dos Espíritos Fortes);
"Um devoto é aquele que, sob um rei ateu, seria ateu." (Da Moda).
Vale ressaltar que existem muitas adaptações e simplificações dos textos de La Bruyère na Internet que, em sua maioria, não correspondem aos textos originais e, algumas vezes, nem mesmo ao próprio autor, infelizmente.
"O prazer da crítica rouba o de nos sentirmos vivamente tocados pelas belas coisas." (Das Obras do Espírito);
"Se é comum impressionarmo-nos vivamente com as coisas raras, por que nos impressionamos tão pouco com a virtude?" (Do Mérito Pessoal);
"Não se poderia descobrir a arte de se fazer amar por sua própria mulher?" (Das Mulheres);
"O tempo, que fortalece as amizades, enfraquece o amor." (Do Coração);
"Percebemos que o amor começa ou acaba por nosso embaraço ao ficarmos a sós." (Do Coração);
"Há certas pessoas de certo estofo ou de certo caráter com as quais nunca devemos nos meter, das quais devemos nos queixar o menos possível, contra as quais não é nem mesmo permitido ter razão." (Da Sociedade e da Conversação);
"Só há no mundo duas maneiras de se elevar: por seu próprio esforço ou pela imbecilidade dos outros." (Dos Bens de Fortuna);
"Para o homem só existem três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Não sente quando nasce, sofre para morrer e esquece de viver." (Do Homem);
"Depois do espírito de discernimento o que há, no mundo, de mais raro, são os diamantes e as pérolas." (Dos Julgamentos);
"A impossibilidade em que me encontro de provar que Deus não existe me demonstra sua existência." (Dos Espíritos Fortes);
"Um devoto é aquele que, sob um rei ateu, seria ateu." (Da Moda).
Comentários
Verdadeiras pérolas!
Obrigado por nos apresentar esta obra (nem tinha ouvido falar do autor).
- Continue garimpando esse tipo de preciosidades, que são um bálsamo para o espírito, no meio de tanta vulgaridade dos nossos tristes (culturalmente falando) dias atuais...
Grande abraço!!
RH.
P/S: A gente se vê por aí, entre um projeto e outro...
Aliás, seu refinado blog me possibilitou conhecer um autor: Philip Roth, que fiquei curiosa quando você disse que ele merecia o Prêmio Nobel, e não o recebeu. Estou no terceiro livro. É de uma escrita maravilhosa. Vou fazer uma resenha sôbre eles, e postar no @dis-cursos.
bjs
E como esta a leitura do Benevolentes? Ando curioso pois estou para le-lo, mas me falta fôlego.
Grande abraco, Chico
Com relação a Jonathan Littell e "As Benevolentes", posso dizer com certeza que é o livro mais violento que já li até hoje. O autor narra em detalhes nas suas 900 páginas, na visão do carrasco, todos os detalhes do extermínio provocado pelos nazistas na Segunda Guerra e aspectos pouco divulgados dos combates no leste, principalmente na Polônia e Russia, incluindo aí a batalha de vida e morte em Stalingrado. Um livro difícil e que tem me deixado deprimido, mas que não consigo parar de ler já que é tremendamente bem escrito.
Mto bom o seu espaço, criativo e sofisticado... adorei!
Já estava acompanhando, agora vc está na sessão 'mistão' do meu blog.
Parabéns!
Abraço!
Bjs!
tempo,
que
fortalece as amizades, enfraquece
o amor."
(Do Coração)
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