Umas flores no meio do caminho
A gente esquece de tudo nessa vida, esquece de amar, esquece da infância e até do Papai Noel a gente esquece. Bem, a Regina do Livro Errante não me deixou esquecer do aniversário de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) que estaria fazendo 108 anos no dia 31/10. Resolvi postar umas flores, no meio do caminho, para o nosso eterno e universal poeta de Itabira que, por falta de definição melhor, chamamos de modernista. Tenho dúvidas sobre o enquadramento da obra de Drummond na fase modernista, mas uma coisa eu garanto, ele continua sendo um dos poetas mais modernos da literatura contemporânea brasileira. Vai, Carlos! Ser gauche na vida. Não existe maneira melhor de lembrar um escritor do que reler o seu trabalho.
Marco Lucchesi definiu muito bem a essência de Carlos Drummond de Andrade no prefácio de "Antologia Poética" (Editora Record - 2001): "Uma das coisas que mais impressionam em toda a poesia de Drummond é a sua maravilhosa capacidade de ser contemporâneo. Não apenas porque viu mais e melhor. Mas porque não ignorava as razões do tempo - com seu irrefragável sentimento da História. Como Bandeira e Cabral não puderam e não quiseram jamais negar o processo em suas razões profundas, Drummond também soube, mas de modo absolutamente solitário, elaborar uma fina película, quase invisível, entre a história e a poesia, mas com uma delicadeza, com uma leveza que se poderia esperar somente de um elevado gênio poético".
Marco Lucchesi definiu muito bem a essência de Carlos Drummond de Andrade no prefácio de "Antologia Poética" (Editora Record - 2001): "Uma das coisas que mais impressionam em toda a poesia de Drummond é a sua maravilhosa capacidade de ser contemporâneo. Não apenas porque viu mais e melhor. Mas porque não ignorava as razões do tempo - com seu irrefragável sentimento da História. Como Bandeira e Cabral não puderam e não quiseram jamais negar o processo em suas razões profundas, Drummond também soube, mas de modo absolutamente solitário, elaborar uma fina película, quase invisível, entre a história e a poesia, mas com uma delicadeza, com uma leveza que se poderia esperar somente de um elevado gênio poético".
Comentários
Coisa mais bonita, Kovacs. Cheiro de poesia.
Homenagem simples na repetição do básico verso deste que é sem dúvida, um dos grandes,destronando a pedra que faz crescer mas machuca e pondo em seu lugar toda a ternura de uma flor surgindo...
E a um só tempo, complexa quando se reúnem as pontas do texto e fica-se com a " fina película, quase invisível entra a história e a poesia, mas com delicadeza e leveza..."
A leveza deste post me acompanhará por alguns dias.
Grata por lembrar-nos.
Beijos
Resta-me a companhia e a fraternidade do momento. Um grande abraço.
Por vezes acho o "Mundo de K" uma miragem virtual de tão especial.
Beijos.
P.S.
Te encontrei via Gerana.
abraços.
abraços