Inventário de Sonhos - parte I - Jimi Hendrix
Nunca mais a sonoridade da guitarra foi a mesma depois de Jimi Hendrix (1942-1970), criador de composições e arranjos ainda hoje utilizados como referência para músicos "modernos" que tentam inutilmente repetir suas harmonias, escalas e efeitos. Hendrix foi um músico genial e autodidata que, embalado pela psicodelia libertária dos anos sessenta, marcou o cenário pop e rock a partir do blues eletrificado, tendo influenciado os principais artistas ingleses da época, incluindo Beatles, Rolling Stones e Eric Clapton.
O lançamento em 1967, no mercado londrino, do single "Hey Joe" foi a chave para o sucesso, precedendo o lançamento do album antológico "Are You Experienced" que incluiu os clássicos "Purple Haze" e "Fire". A versão incendiária de "Wild Thing" no festival de Monterey Pop alavancou de vez a carreira de Hendrix que não parou de crescer nos alucinantes três anos seguintes até sua morte em 1970, um preço alto que, assim como outros heróis da época, ele teve que pagar pela intensidade com que viveu cada momento.
A performance inesquecível de Jimi Hendrix foi mesmo no festival de Wooodstock em 1969 com o hino nacional americano "Star Spangled Banner" sendo interpretado em meio aos uivos e distorções de sua Fender Stratocaster, um protesto marcante contra a participação dos EUA na guerra do Vietnam. Não preciso dizer que este protesto continua atual se considerarmos hoje a situação dos americanos no conflito do Iraque. Vale a pena seguir alguns links desta postagem para relembrar estas apresentações.
Talvez o guitarrista de blues que melhor compreendeu o legado musical de Hendrix, tenha sido, por ironia do destino, o branco e texano Stevie Ray Vaughan (1954-1990) como bem podemos constatar em suas interpretações de "Little Wing" e "Voodoo Chile". No final dos anos setenta, durante a minha adolescência, apesar do pouco tempo decorrido da morte de Hendrix, ele já era considerado um mito e guitarristas do mundo inteiro queriam se tornar também deuses da guitarra. Lembro de passar algumas noites com amigos, perseguindo intermináveis escalas pentatônicas em delírios provocados pelo vinho barato. Ah como era bom nessas noites sentar nos bancos da praia, depois da chuva forte de verão e respirar a brisa da madrugada, carregada de maresia e sonhos. Ainda hoje, em alguns raros momentos, sinto o cheiro de pinho do meu violão folk e a pressão das cordas de aço sob os dedos.
O lançamento em 1967, no mercado londrino, do single "Hey Joe" foi a chave para o sucesso, precedendo o lançamento do album antológico "Are You Experienced" que incluiu os clássicos "Purple Haze" e "Fire". A versão incendiária de "Wild Thing" no festival de Monterey Pop alavancou de vez a carreira de Hendrix que não parou de crescer nos alucinantes três anos seguintes até sua morte em 1970, um preço alto que, assim como outros heróis da época, ele teve que pagar pela intensidade com que viveu cada momento.
A performance inesquecível de Jimi Hendrix foi mesmo no festival de Wooodstock em 1969 com o hino nacional americano "Star Spangled Banner" sendo interpretado em meio aos uivos e distorções de sua Fender Stratocaster, um protesto marcante contra a participação dos EUA na guerra do Vietnam. Não preciso dizer que este protesto continua atual se considerarmos hoje a situação dos americanos no conflito do Iraque. Vale a pena seguir alguns links desta postagem para relembrar estas apresentações.
Talvez o guitarrista de blues que melhor compreendeu o legado musical de Hendrix, tenha sido, por ironia do destino, o branco e texano Stevie Ray Vaughan (1954-1990) como bem podemos constatar em suas interpretações de "Little Wing" e "Voodoo Chile". No final dos anos setenta, durante a minha adolescência, apesar do pouco tempo decorrido da morte de Hendrix, ele já era considerado um mito e guitarristas do mundo inteiro queriam se tornar também deuses da guitarra. Lembro de passar algumas noites com amigos, perseguindo intermináveis escalas pentatônicas em delírios provocados pelo vinho barato. Ah como era bom nessas noites sentar nos bancos da praia, depois da chuva forte de verão e respirar a brisa da madrugada, carregada de maresia e sonhos. Ainda hoje, em alguns raros momentos, sinto o cheiro de pinho do meu violão folk e a pressão das cordas de aço sob os dedos.
Comentários
Se quiser conhecer um blog muito bonito, da minha correspondente d´além mar, Manuela, passe em http://reflexoescaseiras.blogspot.com/
Vou lá conhecer o blog da Manuela.
Beijocas,
um abraço,
clara
Escondendo o jogo, poeta?
Linda tua nostalgia. Eu fiquei tbm lembrando de meus cabelos tipo 'revolução', alvoroçado e cheio de cachos desconexos hehe.
Eu lembro que ninguém gostava muito do Eletric Lady Land hehe, era experimental mas eu viajava sempre.
Muito bom! Continue exprimindo seus nostálgicos sentimentos. Eu sempre soube que morava um escritor dentro deste crítico maravilhoso.
Beijo Da Dai
Vou seguir os links indicados.
Abraços e bom domingo.