Rafael Sperling - Um homem burro morreu
Rafael Sperling - Um homem burro morreu - Editora Oito e Meio - 130 páginas - Lançamento 2014. O que me chama a atenção no jovem escritor carioca Rafael Sperling é a independência de estilo e coragem de fugir do "politicamente correto", tanto em termos de técnica narrativa quanto na escolha dos temas de seus contos. Depois do lançamento do primeiro livro, Festa na Usina Nuclear , Sperling apresenta uma nova seleção de narrativas breves que poderíamos classificar como textos experimentais, literatura do absurdo ou simplesmente surrealismo. Todas as classificações são corretas, mas arrisco dizer que o autor consegue um estilo próprio ao adicionar doses maciças de sarcasmo, violência e até mesmo escatologia em seus contos. É bom citar que toda essa violência não é invenção do Rafael, ela está presente em nosso cotidiano e refletida também diariamente nas mídias de comunicação e redes sociais. O conto de abertura, "Caetano Veloso se prepara para atravessar uma rua d