Rumo ao Farol - Virginia Woolf
Esta é a terceira vez que leio "to the lighthouse" da inglesa Virginia Woolf (1882-1941), considerado um dos clássicos da literatura moderna do século XX. Lembro que na minha primeira leitura, durante a adolescência e por recomendação de meu pai, não entendi absolutamente nada, o que era um fato bastante comum nos livros que ele recomendava. Hoje, passados alguns anos, avalio que devo ter chegado a 30% de aproveitamento. Quem sabe (tomara) ainda terei tempo para uma quarta tentativa.
A técnica utilizada neste romance é baseada no "fluxo de consciência" dos personagens, considerando também uma estrutura narrativa simultânea o que permite pontos de vista diferenciados e sequências de tempo alternadas (tempo psicológico). Os diálogos são poucos e simples, toda a ação ocorrendo portanto nas reflexões e sentimentos dos protagonistas o que leva a abordagens e significados diversos.
A linha de enredo é dividida em três etapas distintas. Na primeira, a família Ramsey recebe alguns convidados em sua casa de praia. Nesta fase, antes da primeira guerra mundial, vive-se uma atmosfera de felicidade ingênua na família. A Sra. Ramsey é o centro das atenções e a protagonista principal.
Na segunda etapa (durante a guerra) que é muito breve, a casa está vazia e prepara-se a transição para a terceira e última parte do romance que ocorre dez anos depois, após a morte da Sra. Ramsey e o término da guerra. Nesta fase final, ocorre o passeio de até a ilha do farol com os remanescentes da família em um clima de extrema melancolia.
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Comentários
É nesta zona cinzenta que está o que de melhor foi publicado até hoje e onde poucos escritores conseguem chegar.
Tenho sempre um grande prazer em ler os seus comentários. Volte sempre!
Sempre um prazer andar por aqui...
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ñ sei se é pq ñ o entendi, como vc mesmo admitiu, mas pareceu-me outra coisa q ñ tenha me fisgado no livro mas q esteve me olhando d soslaio durante toda a leitura.
aliás, 1 efeito interessante q tive (foi só eu?) na leitura do capítulo do meio, o curto, foi a d sentir um farol iluminando o meu rosto com a sua luz nas passagens em q morria alguém, depois voltava às descrições d passagem do tempo, daí morria outro alguém, depois + descrições...
As lágrimas irreprimíveis de Lily me acertaram em cheio. Como Lily, nem pude sufocar ou esconder meu soluço, muito menos as lágrimas. Que trecho de mestre! Sem recorrer a nenhum estratagema sentimental! Simplesmente magistral e inesquecível.