Led Zeppelin
Led Zeppelin - Quando os Gigantes Caminhavam sobre a Terra - Mick Wall -Editora Larousse - 527 páginas - tradução de Elvira Serapicos
Primeiramente, tenho de confessar que estou incluído na relação de dez entre dez adolescentes que, no final dos anos setenta, aprenderam ou imaginaram ter aprendido, violão e guitarra reproduzindo à exaustão a sequência instrumental de Stairway to Heaven do Led Zeppelin. Dito isto, fica logo claro que esta resenha não será objetiva e imparcial como é o costume deste blog. Não que a biografia não tenha os seus méritos e certamente os tem, mas o tema está de tal forma associado com as imagens e sensações da minha juventude que não consigo e também não quero, diga-se de passagem, escrever apenas uma avaliação crítica do livro ou da técnica de composição de Jimmy Page e Robert Plant. As músicas do Zeppelin me lembram de noites de chuva e do cheiro de pinho do meu violão folk, de amigos e de sonhos, de saber tudo e não temer nada.
Primeiramente, tenho de confessar que estou incluído na relação de dez entre dez adolescentes que, no final dos anos setenta, aprenderam ou imaginaram ter aprendido, violão e guitarra reproduzindo à exaustão a sequência instrumental de Stairway to Heaven do Led Zeppelin. Dito isto, fica logo claro que esta resenha não será objetiva e imparcial como é o costume deste blog. Não que a biografia não tenha os seus méritos e certamente os tem, mas o tema está de tal forma associado com as imagens e sensações da minha juventude que não consigo e também não quero, diga-se de passagem, escrever apenas uma avaliação crítica do livro ou da técnica de composição de Jimmy Page e Robert Plant. As músicas do Zeppelin me lembram de noites de chuva e do cheiro de pinho do meu violão folk, de amigos e de sonhos, de saber tudo e não temer nada.
Um fato que não se discute é a influência do Zeppelin na maioria das bandas de Hard Rock do final dos anos sessenta e início dos setenta como Deep Purple e Black Sabbath, originando um movimento que viria a se transformar futuramente no heavy metal de hoje. A banda, formada pelo guitarrista Jimmy Page, deveria se chamar "The New Yardbirds", mas com a admissão do vocalista Robert Plant, do baterista John Bonham e do baixista John Paul Jones, também músico de estúdio como Page, ficou logo claro que não se limitaria a ser uma continuidade ou cópia de qualquer grupo inglês da época.
O autor da biografia, o jornalista Mick Wall, alterna dados biográficos reais com flashbacks imaginários em itálico, tentando descobrir quais seriam as reações dos integrantes da banda ao longo da trajetória do Zeppelin, como no trecho a seguir que representa o que seria uma reflexão de Jimmy Page sobre as possibilidades do seu início de carreira em relação a outros guitarristas da época como Jeff Beck e Eric Clapton:
"Você é Jimmy Page. Estamos no verão de 1968 e você é um dos mais conhecidos guitarristas de Londres – e um dos menos famosos. Mesmo os dois últimos anos com os Yardbirds não lhe trouxeram o reconhecimento que você sabe que merece. As pessoas falam dos Yardbirds como se Jeff Beck ainda fosse o guitarrista, e não você, apesar de tudo o que fez por eles (...). Jeff Beck? Jeff é um velho camarada, mas quem foi que o recomendou? Quem lhe fez o favor quando ele estava lá em cima? Você – Jimmy Page. Aquele que rejeitou os Yardbirds depois que Clapton saiu, não porque tivesse medo, como Eric, de que o desejo de alcançar o estrelato arruinasse sua imagem de “purista do blues” – você nunca foi um desses, seu amor pelo folk, rock’n’roll, jazz, música clássica, indiana, irlandesa, qualquer coisa e tudo, significava que você sempre sentiu pena daqueles pobres coitados que só conseguiam gostar de uma forma de música (...)".
Mick Wall não consegue, no entanto, resistir à tentação de ceder muito espaço do livro aos assuntos mais controvertidos e sensacionalistas da história da banda, como o interesse de Jimmy Page pelo ocultismo e sua adoração por Aleister Crowley (1875 - 1947), famoso mago britânico, líder da Ordo Templi Orientis (O.T.O.), as relações com as drogas durante as turnês americanas e todo o tipo de excesso que passou a caracterizar a vida na estrada das estrelas do Rock e que acabou levando à morte de John Bonham em 1980. Adicionalmente falta ao autor a habilidade de um Ruy Castro para manter o interesse do leitor, acho que o trabalho do Led Zeppelin ainda aguarda um livro que consiga fazer justiça ao legado musical da banda.
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Comentários
Curti muito os Led Zepellin, Yes, Pink Floyd e por aí a fora..., bons tempos esses, eu não fazia a mínima força para viver , a força era eu mesma :).
Agora, quanto ao Ruy Castro, este senhor escreve muito bem, parece que está ao nosso lado a contar o que lemos, é bastante envolvente, adoro o Ruy. Já leu chega de saudade, é muito bom!
Abraço my friend!
Gi
Com relação ao Ruy Castro é um especialista em biografias, já li "Estrela Solitária" e "O Anjo Pornográfico", ambos os livros muito bem escritos.
e obrigada tambem pelo teu comentario!
um gde beijo, tbem no blog www.gigi-myra.blogspot.com
tem coisas de meu irmao!
e se quizer ler minha vida em episodios, ja esta no sexto. vai no:
www.expressodalinha.blogspot.com
um abraço,
clara
K, olha que coisa antiga vou escrever: "Tenho vontade de salvar suas postagens".
sabe o expressodalinha ja esta no 8 episodio!!!
um gde abraço
Abracao, Chico.