20 citações para conhecer a sabedoria de Mia Couto

Foto Beth Moon
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Foi uma tarefa difícil selecionar apenas 20 citações do moçambicano Mia Couto, vencedor do prêmio Camões 2013 e primeiro autor em língua portuguesa a ser selecionado como finalista do Man Booker International Prize na sua versão de 2015. Quando buscamos uma citação em seus romances, a força do texto nos faz esquecer o senso prático e a vontade é reproduzir parágrafos inteiros. Mia Couto nos ensina em cada novo livro que sabedoria e inteligência são coisas bem diferentes e, principalmente, que viver pode ser uma coisa simples e bonita quando a poesia nos faz esquecer a violência do homem contra o homem, seja na África ou no Brasil. Cada citação está referenciada ao livro de origem, leia aqui a resenha do Mundo de K para o romance Mulheres de Cinzas.

(01) "Não me basta ter um sonho. Eu quero ser um sonho." - O Último Voo do Flamingo - Editora Companhia das Letras (2005);

(02) "O tempo é o eterno construtor de antigamentes." - O Último Voo do Flamingo - Editora Companhia das Letras (2005);

(03) "Matar o patrão? Mais difícil é matar o escravo dentro de nós." - O Último Voo do Flamingo - Editora Companhia das Letras (2005);

(04) "A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos." - Pensatempos - Editorial Caminho (Portugal 2005);

(05) "A saudade é uma tatuagem na alma: só nos livramos dela perdendo um pedaço de nós." - O Outro Pé da Sereia - Editora Companhia das Letras (2006);

(06) "O silêncio não é a ausência da fala, é o dizer-se tudo sem nenhuma palavra." - O Outro Pé da Sereia - Editora Companhia das Letras (2006);

(07) "A velhice é uma gordura na alma." - O Outro Pé da Sereia - Editora Companhia das Letras (2006);

(08) "A melhor maneira de mentir é ficar calado."O Outro Pé da Sereia - Editora Companhia das Letras (2006);

(09) "Eis a nossa sina: esquecer para ter passado, mentir para ter destino." - O Outro Pé da Sereia - Editora Companhia das Letras (2006);

(10) "O homem esquece para ter passado e mente para ter futuro." - O Outro Pé da Sereia - Editora Companhia das Letras (2006);

(11) "A velhice não nos dá nenhuma sabedoria, simplesmente autoriza outras loucuras." - A Varanda do Frangipani - Editora Companhia das Letras (2007);

(12) "O homem é como a casa: deve ser visto por dentro." - Terra Sonâmbula - Editora Companhia das Letras (2007);

(13) "A beleza daquela mulher era de fazer fugir o nome das coisas." - Terra Sonâmbula - Editora Companhia das Letras (2007);

(14) "O pessimismo é um luxo para os ricos." - E se Obama Fosse Africano? - Editora Companhia das Letras (2011);

(15) "Tristeza não é chorar. Tristeza é não ter para quem chorar." A Confissão da Leoa - Editora Companhia das Letras (2012);

(16) "Tenho de viver já, senão esqueço-me." Estórias Abensonhadas - Editora Companhia das Letras (2012);

(17) "O mar é o habilidoso desenhador de ausências." - Venenos de Deus, Remédios do Diabo - Editora Companhia das Letras (2012);

(18) "A descoberta de um lugar exige a temporária morte do viajante" Venenos de Deus, Remédios do Diabo - Editora Companhia das Letras (2012);

(19) "A janela: não é onde a casa sonha ser mundo?" - Estórias Abensonhadas - Editora Companhia das Letras (2012);

(20) "As mulheres são muito extensas, a gente viaja-lhes, e perdemo-nos sempre." - Cada Homem é uma Raça - Editora Companhia das Letras (2013).

Resenhas de romances de Mia Couto no Mundo de K: Terra Sonâmbula / Cada homem é uma raça / Mulheres de Cinzas / Sombras da Água


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