80 anos de poesia - Mario Quintana
Mario Quintana (1906-1994) é o poeta que fala as coisas complexas de maneira tão simples que entendemos porque ele nasceu em corpo de homem, mas era simplesmente um passarinho. Quintana. Mario Quintana, até o nome é pura poesia.
Que fazer, a não ser seguir o conselho do próprio: "Agora, que poetas deves ler? Simplesmente os poetas de que gostares e eles assim te ajudarão a compreender-te, em vez de tu a eles. São os únicos que te convêm, pois cada um só gosta de quem se parece consigo. Já escrevi, e repito: o que chamam de influência poética é apenas confluência (Carta - Caderno H - 1973)".
Esta coletânea comemorativa dos oitenta anos do poeta e organizada por Tânia Carvalhal, foi lançada pela Editora Globo em 1986. Escolhi alguns exemplos com os quais a confluência é imediata.
Esta coletânea comemorativa dos oitenta anos do poeta e organizada por Tânia Carvalhal, foi lançada pela Editora Globo em 1986. Escolhi alguns exemplos com os quais a confluência é imediata.
"As únicas coisas eternas são as nuvens..." (Epígrafe - Sapato florido - 1948)
"Amar é mudar a alma de casa." (Carreto - Sapato florido - 1948)
"Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem." (Cartaz - Caderno H -1973)
"Por favor, deixa o Outro Mundo em paz! O mistério está aqui." (O Outro Mundo - Caderno H - 1973)
"(...) A morte sempre chega pontualmente na hora incerta..." (Poema da Gare de Astapovo - Apontamentos de História Sobrenatural - 1976)
"Todos esses que aí estão / Atravancando meu caminho, / Eles passarão... / Eu passarinho!" (Poeminha do Contra - Prosa e Verso - 1978)
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Comentários
Amo Quintana. De paixão. Parabéns pelo comentário
"cada um só gosta de quem se parece consigo..." Grande Quintana!
Post-comentários retardatários... (rsrsrs)
Encomendei este livro e estou na expectativa. Amo Quintana. Pena que o tenha descoberto tão tarde.
Beijos.