20 personagens mentalmente desequilibrados
O desequilíbrio mental a que me refiro nesta lista pode ser o produto de uma abordagem poética, representando a inadaptação do personagem ao meio social existente ou um desequilíbrio de origem puramente fisiológica/psíquica, seja do personagem ou até mesmo do próprio autor, ambos os casos podem ser facilmente identificados na relação.
Entendo que as escolhas são bons exemplos da mais pura sensibilidade literária e que representam, em última análise, o homem e sua eterna busca de sentido para o incompreensível mundo ao seu redor.
Segue a lista que já nasce incompleta para um tema tão ambicioso e cada vez mais atual. Vale lembrar que talvez alguns personagens ou autores não sejam tão desequilibrados assim, mas isso é mera questão de ponto de vista.
01. Príncipe Hamlet - William Shakespeare - Hamlet (1600)
02. Dom Quixote - Miguel de Cervantes - Dom Quixote (1605)
Entendo que as escolhas são bons exemplos da mais pura sensibilidade literária e que representam, em última análise, o homem e sua eterna busca de sentido para o incompreensível mundo ao seu redor.
Segue a lista que já nasce incompleta para um tema tão ambicioso e cada vez mais atual. Vale lembrar que talvez alguns personagens ou autores não sejam tão desequilibrados assim, mas isso é mera questão de ponto de vista.
01. Príncipe Hamlet - William Shakespeare - Hamlet (1600)
02. Dom Quixote - Miguel de Cervantes - Dom Quixote (1605)
03. Werther - Goethe - Os Sofrimentos do Jovem Werther (1774)
04. O assassino - Edgar Allan Poe - Coração Denunciador (1843)
05. Capitão Ahab - Herman Melville - Moby Dick (1851)
06. Raskólhnikov - Fiódor Dostoiévski - Crime e Castigo (1867)
07. Dr. Simão Bacamarte - Machado de Assis - O Alienista (1881)
08. Dorian Gray - Oscar Wilde - O Retrato de Dorian Gray (1890)
09. Antônio Conselheiro - Euclides da Cunha - Os Sertões (1902)
10. Josef K - Franz Kafka - O processo (1914)
11. Gregor Samsa - Franz Kafka - A Metamorfose (1915)
12. Lima Barreto - Lima Barreto - O Cemitério dos Vivos (1921)
13. Henry Miller - Henry Miller - Tópico de Câncer (1934)
14. Luís da Silva - Graciliano Ramos - Angústia (1936)
15. Perry Smith - Truman Capote - A Sangue Frio (1965)
16. O motorista - Rubem Fonseca - Passeio Noturno I e II (1975)
17. Daniel Quinn - Paul Auster - Trilogia de Nova York (1985)
18. Henry Chinasky - Charles Bukowski - Hollywood (1989)
19. Edgar Stark - Patrick McGrath - Manicômio (1996)
20. Ka - Orhan Pamuk - Neve (2002)
Não poderia terminar sem citar um dos maiores "desequilibrados" da lista que conseguiu unir as duas pontas, entre poesia e loucura, no autobiográfico "O Cemitério dos Vivos", Lima Barreto (1881-1922): "Vista assim de longe, a noção de horror que se tem da loucura não parte da verdadeira causa. O que todos julgam é que a coisa pior de um manicômio é o ruído, são os desatinos dos loucos, o seu delirar em voz alta. É um engano. Perto do louco, quem os observa bem, cuidadosamente, e une cada observação a outra, as associa num quadro geral, o horror misterioso da loucura é o silêncio, são as atitudes, as manias mudas dos doidos."
Comentários
abraços
Sempre bom vir aqui no seu mundo.
Beijo, Alexandre Kovacs!
Parabéns!
O personagem Romualdo de Sousa Caldas bem que poderia ter sido incluído nesta relação de desequilibrados, pois é bem representativo desta fase final de criação do bruxo do Cosme Velho (segundo Daniel Piza, uma fase em que Machado propunha muitas questões filosóficas: deus e o diabo, o amor e a morte).
... embora suas listas sejam, como sempre, impecáveis!
Beijos! :)
- Viagens com o Presidente, adivinha com quem?
http://images.americanas.com.br/produtos/item/485/4/485493g.gif
Loucura loucura loucura!!!
Ah, obrigado pela visita e um abraço pra vc tb Dai.
OBS: Notei que vc gosta de listas mesmo, hein? O que vc lê costuma frequentar as minhas listas futuras ou passadas de leituras. Coincidência estranha ou sintonia universal?
Quizas podríamos hacer una lista de locos en la pintura (ahí tenés varias obras interesantes).
Abrazos.
HAMLET, fantástica criação de shakespeare que com sua genialidade, entre outras coisas é
um profundo conhecedor da alma humana. HAMLET continua tão fascinante hoje como na época da sua criação. HAMLET é um neurótico obssessivo clássico, mas ele foi talhado por shaskespeare com uma nobreza de palavras que o tornam interessante e inesquecivel, já DOM QUIXOTE é um outro clássico majestoso do nosso querido Cervantes. DOM QUIXOTE além de "louco", é o meu personagem preferido na literatura. Ele é encantador. Ele se permite sonhar acordado e viver estes sonhos, talvez seja este um dos grandes fascinios deste personagem, afinal, muitos de nós temos um lado quixoteiro, só que normalmente travado pela nossa razão.
Termino o meu comentário sugerindo um brinde aos loucos. Temos muito que aprender com eles.
Mais uma vez valeu a lembrança.
OS LOUCOS AGRADECEM.
Beijos, soninha.
Beijos!
http://mundodek.blogspot.com.br/2007/03/o-idiota-fidor-dostoivski.htm
Obrigado pela visita e comentário!