O romance de Gabo e Mercedes Barcha
Gabo e Mercedes Barcha - Autor desconhecido, sem data |
A foto acima de Gabriel Garcia Márquez (1927-2014) — ou simplesmente Gabo como era chamado carinhosamente pelos amigos — e sua esposa Mercedes Barcha, está disponível gratuitamente, juntamente com um acervo de outros 27 mil documentos, incluindo manuscritos, cadernos e cartas em um inusitado site produzido por uma Universidade do Texas (clique aqui para visitar) que adquiriu todo o material por US$ 2,2 milhões da família do escritor.
Apesar de louvar a iniciativa da instituição norte-americana, fico triste que este legado cultural não possa permanecer na Colômbia, terra natal do autor que em 1982 foi incluído no seleto grupo de escritores latino-americanos vencedores do Prêmio Nobel de Literatura, a saber: Gabriela Mistral (Chile), Miguel Ángel Asturias (Guatemala), Pablo Neruda (Chile), Gabriel Garcia Márquez (Colômbia), Octavio Paz (México) e Mario Vargas Llosa (Peru).
A notícia sobre a disponibilização dos documentos foi divulgada recentemente em toda a mídia e, ao visitar o tal centro de documentação literária da Universidade do Texas, encontrei, entre outras preciosidades, a linda foto que abre esta postagem e registra um momento da intimidade de Gabo e Mercedes Barcha onde fica flagrante o carinho e companheirismo do casal, uma paixão semelhante à que ele descreveu no seu romance "Amor nos Tempos Do Cólera" que, diga-se de passagem, tem a seguinte dedicatória: "Para Mercedes, é claro".
Gabo e Mercedes se conheceram no início da década de 1940, quando ela era apenas uma menina de 9 anos e ele cinco anos mais velho. Se casaram em 1958, após a conclusão dos estudos dele, permanecendo juntos por 56 anos, até a morte do escritor em 2014. Tiveram dois filhos, Rodrigo e Gonzalo. Mercedes é descrita por Gerald Martin, um dos biógrafos do escritor, como "uma mulher alta e linda com cabelo castanho até os ombros, neta de um imigrante egípcio, o que aparentemente se manifesta em maçãs do rosto largas e olhos castanhos grandes e penetrantes".
Mercedes, que é conhecida também como "La Gaba", é quem sempre organizou a vida prática do marido, principalmente em seus últimos meses de vida quando o escritor que criou um estilo próprio, chamado de "realismo mágico", tornando-se um dos responsáveis pelo boom da literatura latino-americana nos anos 1960 e 1970, foi diagnosticado com demência senil e ela precisou controlar a sua alimentação, autorizando ou não as visitas, um amor que resistiu até o final, como um romance.
Apesar de louvar a iniciativa da instituição norte-americana, fico triste que este legado cultural não possa permanecer na Colômbia, terra natal do autor que em 1982 foi incluído no seleto grupo de escritores latino-americanos vencedores do Prêmio Nobel de Literatura, a saber: Gabriela Mistral (Chile), Miguel Ángel Asturias (Guatemala), Pablo Neruda (Chile), Gabriel Garcia Márquez (Colômbia), Octavio Paz (México) e Mario Vargas Llosa (Peru).
A notícia sobre a disponibilização dos documentos foi divulgada recentemente em toda a mídia e, ao visitar o tal centro de documentação literária da Universidade do Texas, encontrei, entre outras preciosidades, a linda foto que abre esta postagem e registra um momento da intimidade de Gabo e Mercedes Barcha onde fica flagrante o carinho e companheirismo do casal, uma paixão semelhante à que ele descreveu no seu romance "Amor nos Tempos Do Cólera" que, diga-se de passagem, tem a seguinte dedicatória: "Para Mercedes, é claro".
Gabo e Mercedes se conheceram no início da década de 1940, quando ela era apenas uma menina de 9 anos e ele cinco anos mais velho. Se casaram em 1958, após a conclusão dos estudos dele, permanecendo juntos por 56 anos, até a morte do escritor em 2014. Tiveram dois filhos, Rodrigo e Gonzalo. Mercedes é descrita por Gerald Martin, um dos biógrafos do escritor, como "uma mulher alta e linda com cabelo castanho até os ombros, neta de um imigrante egípcio, o que aparentemente se manifesta em maçãs do rosto largas e olhos castanhos grandes e penetrantes".
Mercedes, que é conhecida também como "La Gaba", é quem sempre organizou a vida prática do marido, principalmente em seus últimos meses de vida quando o escritor que criou um estilo próprio, chamado de "realismo mágico", tornando-se um dos responsáveis pelo boom da literatura latino-americana nos anos 1960 e 1970, foi diagnosticado com demência senil e ela precisou controlar a sua alimentação, autorizando ou não as visitas, um amor que resistiu até o final, como um romance.
Gabo e Mercedes Barcha em 1969, quando o casal vivia em Barcelona (El País) |
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