Howard Jacobson - Booker Prize 2010
O autor britânico de 68 anos, Howard Jacobson, venceu o Booker Prize 2010 com o romance "The Finkler Question" chegando na frente de favoritos como o australiano Peter Carey e o britânico Tom McCarthy, que liderava a bolsa de apostas. Howard Jacobson é pouco conhecido e ainda não foi publicado no Brasil apesar de já ter sido incluído por duas vezes em listas anteriores do Man Booker Prize, em 2002, por "Who’s Sorry Now", e em 2006, por "Kalooki Nights".
"The Finkler Question" é o primeiro romance cômico a ganhar o prêmio nos seus 42 anos de história (como é difícil escrever um grande livro com humor) e, segundo divulgação na mídia, trata de amor, perdas e amizades, explorando o sentido de ser judeu hoje. Devido à ausência de autores abordando o tema judaico na literatura contemporânea britânica, Jacobson tem sido chamado pela imprensa de “o Philip Roth inglês”, mas ele afirma que preferia ser a “Jane Austen judaica”.
Segue a Bibliografia de Howard Jacobson:
Shakespeare's Magnanimity: Four Tragic Heroes, Their Friends and Families (co-autor com Wilbur Sanders) Chatto and Windus, 1978
Coming From Behind Chatto and Windus, 1983
Peeping Tom Chatto and Windus, 1984
Redback Bantam, 1986
In the Land of Oz Hamish Hamilton, 1987
The Very Model of a Man Viking, 1992
Roots Schmoots: Journeys Among Jews Viking, 1993
Seriously Funny: From the Ridiculous to the Sublime Viking, 1997
No More Mister Nice Guy Cape, 1998
The Mighty Walzer Cape, 1999
Who's Sorry Now Cape, 2002
The Making of Henry Cape, 2004
Kalooki Nights Cape, 2006
The Act of Love Cape, 2008
The Finkler Question Bloomsbury, 2010
No Brasil, nenhuma editora havia anunciado a compra dos direitos do livro, mas considerando o forte apelo comercial desta premiação, em breve teremos Howard Jacobson traduzido nas prateleiras por aqui.
Comentários
É grande a lista de autores não publicados no Brasil, bem como obras magníficas fora de catálogo.
Sem falar, naturalmente, do clássico provincianismo que os impede de ousar e desbravar caminhos apontando escritores novos.
Em seus nichos, tecem as velhas desculpas de custo, impostos e poucos leitores. Pioneirismo, hum... deixa prá lá não é?
Abraços, Bento.
Este autor não obedece ao perfil tradicional vencedor do Booker, geralmente são escritores mais novos. De qualquer forma parece ser muito bom.
Não estou com síndrome de primo-pobre. Claro que não é um prêmio que baliza qualidade. Talvez tenha me expressado mal. Minha queixa é a respeito desses 'mercadores'.
Certo, não é todo dia e nem em toda época que existe uma Hogarth Press para editar um "qualquer" Joyce. Faro e aprumo são raros em quaisquer recantos do planeta. Mas parece que por Aqui a pestilência assola com mais impiedade.
Fiz o paralelo entre o autor que você falou (inédito) como uma espécie de ilustração a tantos outros 'ignorados'. Mercadologicamente falando, claro.
Boa lembrança da Hogarth Press! Já imaginou o que seria da literatura sem esta editora (fundada por escritores, por sinal - e que escritores...).
São tantas as dificuldades e barreiras fiscais no país que o risco em descobrir novos autores tem que ser pensado e repensado, contudo é bom lembrar também que quanto maior o risco maior a possibilidade de um grande lucro (ou prejuízo dirão os pessimistas).
É verdade... sei que existem bravíssimos que tentam não se vergar sob o peso implacável do Estado. Chego até a pensar que é proposital: massacrar toda e qualquer atividade que pretenda levar a reflexão, condenando todo um povo a ignorância. Esta é a face mais nefasta do poder público.
Mas certamente, mesmo vergados, ainda resistentes. Ainda que por silábicas, a mensagem será transmitida - porque creio que além dos baixos propósitos, estão os ideais que não caem e perduram através de toda e qualquer impiedade. Um povo não se doma, uma Nação não se obscurece para sempre.
K, mais uma vez obrigado por permitir encontros.