48 Variações Sobre Bach
Franz Rueb - 48 Variações Sobre Bach - Editora Companhia das Letras - 375 páginas - Publicação 2001 - Tradução de João Azenha Jr.
Uma biografia de Johann Sebastian Bach (1685-1750) e também análise de algumas de suas composições no contexto histórico de forma criativa e original. Neste livro, o suíço Franz Rueb, autor de livros, peças radiofônicas e documentários sobre a história do teatro e da música, dividiu a narrativa em 48 partes ou capítulos independentes de forma a demonstrar como o entendimento e apreciação sobre as obras de Bach variaram ao longo do tempo, partindo da indiferença e desconhecimento do século XVIII (as composições de Bach permaneceram no ostracismo por 100 anos após sua morte) até a veneração incondicional nos dias de hoje.
Segundo Rueb, Bach teria consciência do valor atemporal de seu trabalho, permanecendo fiel à complexidade de suas composições, independente dos modismos e estilos. Ainda segundo o autor, Bach era um artesão da música que nunca desanimou com as adversidades: a orfandade de pai e mãe aos dez anos de idade, a morte prematura de sua primeira mulher e de dez de seus vinte filhos de dois casamentos. "Há um Bach religioso, ora luterano, ora pietista, ora místico, e há um Bach estético ora matemático ora simbólico, ora iluminista. Nos últimos anos de sua vida era criticado por ser complicado demais, numa época em que os compositores faziam questão de anunciar suas obras como "peças alternativas ao gosto mais simples de hoje, que também podem ser executadas por uma mulher sem grande esforço". No início do século XIX, sua música era um milagre divino imperscrutável. No final do mesmo século, era o deus da música."
O autor conseguiu analisar de forma acessível ao grande público como Bach esgotou o universo diatônico da música ocidental através de algumas de suas maiores obras como a "Paixão Segundo São João", "Paixão Segundo São Mateus", "Missa em Si Menor", "Cravo bem Temperado", "Variações Goldberg" e "Fugas" entre outras.
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Comentários
Este livro deve ser muito interessante, obrigada pela dica.
Abraços e um bom fim de semana.
Passei para deixar um abraço e um beijo.
Vou ouvir Bach.
Sobre Fernando Meirelles, considero um achado brasileiro, porque no Brasil - infelizmente - o meio se fecha em 'panelinhas', em detrimento da sétima arte. Não conheço, ainda, Blindness, mas seguirei sua sugestão e poderei fazer um ensaio, quem sabe. Neste caso, o primeiro passo é ler o livro homônimo do mestre Saramago. Fernando Meirelles é consagrado, a meu ver, a partir de Cidade De Deus e, como sabemos, é de total respeito no meio internacional, e chega ser, creio, o único brasileiro a votar no Oscar.
Fico devendo a resenha, mas a farei, com alguns suportes acadêmicos (ai!).
Foi, como sempre, imenso prazer estar com você.
Beijo, amigão.
Beijos e bom domingo. :)