Bob Dylan: The Brazil Series

PinturaEste livro de 192 páginas reúne a nova coleção de pinturas de Bob Dylan: "Brazil Series" a ser apresentada pela primeira vez em Copenhague, em setembro, anunciou nesta segunda-feira o museu dinamarquês Statens Museum for Kunst (ver site do museu aqui). A coleção, constutuída por 40 telas pintadas em acrílico e oito desenhos, está agendada para apresentação pública no período de 4 de setembro a 30 de janeiro de 2011. Segundo o curador-chefe Kaspar Monrad, esta coleção foi criada por Dylan entre 2009 e o primeiro trimestre de 2010 especialmente à pedido deste que é o maior museu da Dinamarca.

Os temas das pinturas referem-se a paisagens da vida cotidiana nas cidades, as favelas e o interior do Brasil. Sobre a sua divisão entre música e pintura, de acordo com declaração de Dylan no site do museu, o artista deve estar sempre se movendo e se transformando, de maneira que é natural uma oscilação entre diferentes formas de expressão artística.

Espero que este trabalho de Dylan não venha a comprometer sua credibilidade artística em outras áreas, pois me causa estranheza o fato dele pintar sobre temas tão distantes da sua realidade e que ele, certamente, não poderia vir a conhecer suficientemente após tão poucas visitas ao Brasil. De qualquer forma vamos aguardar o lançamento com o interesse e imparcialidade que qualquer trabalho de Dylan merece. Ver exemplo abaixo disponível, entre outros, no press release do museu (por acaso alguém sabe onde se localiza a favela "Villa Broncos"?).

Pintura
Favela Villa Broncos 2010 - Pintura acrílica sobre tela 106,7 X 142,2 cm

Comentários

nostodoslemos disse…
Vai reverter % para o social a obra?
WOW! Parabéns pelo Blog. Muito bom mesmo.
Gostaria de poder ver, quem sabe, pelo menos o livro...hshshs
( sabe como, né, aposentada, nem posso mais entrar em livrarias sniff)
N. Rodrigues disse…
"Favela Villa Broncos". Procurei, procurei... e não achei.

Eu espero sinceramente que seja uma favela tão pequenina, mas tão pequenina, que o Google não se deu nem ao trabalho de indicar no Google Maps. Ou ainda, que seja um nome pouco conhecido(só para pintores/cantores estrangeiros, talvez?) de uma favela que nós, brasileiros, conhecemos por outro nome. Caso contrário, que vexame... o Bob escolhe o Brasil como tema e acaba pintando um Bra"z"il que só existe na imaginação (de gringo) dele (rs).

Um abraço e parabéns pelo blog.

Nicole
Unknown disse…
Bem, eu a reconheci pela tela. Não sei onde está. Faço a ressalva da água do corrego; ela é muito clara. E a que normalmente nós vemos e de outra tonalidade e conteúdo.
E você? Sempre me surpreendendo com a sua antena ligadíssima. No caso dele, vamos ver no que dá. Ele é grande com a voz e a alma, quem sabe ela escorre também pelo pincel? Grande abraço e obrigado.
Iza disse…
Tudo de bom... adorei o post! Boa semana!
Alex Zigar disse…
Acho que preciso ouvir Bob Dylan. Dizem que as letras das suas músicas são poemas. Em relação ao trabalho com a pintura parece bem interessante. Devemos esperar.

Abraços!
Alexandre Kovacs disse…
Lígia, provavelmente não e bem que poderia já que vai gerar uma renda considerável!
Alexandre Kovacs disse…
F. Pigrizya, seja muito bem-vindo por aqui e obrigado pelo comentário gentil.
Alexandre Kovacs disse…
Dona Sra. Urtigão, o ideal seria podermos visitar o museu dinamarquês Statens Museum for Kunst, quem sabe não recebemos alguma verba inesperada?
Alexandre Kovacs disse…
Nicole, primeiramente obrigado pela visita e comentário. Também procurei esta favela, inclusive com a ajuda do todo poderoso Google e nada! Fico preocupado deste trabalho se revelar uma série de visões deturpadas do Brasil (principalmente depois que vi alguns exemplos divulgados pelo museu no seu press release - ver link no final do texto).
Alexandre Kovacs disse…
Djabal, reparando bem acho que você tem razão quanto à tonalidade do corrego, deveria ser mais escuro sem dúvida. Espero não me decepcionar com este trabalho de Dylan.
Alexandre Kovacs disse…
Iza, fico feliz que tenha gostado e desejo uma ótima semana para você também!
Alexandre Kovacs disse…
Alex, confesso que sou um fanático pelas letras de Dylan! Quanto às suas interpretações das músicas, dependendo da fase, podem ser um pouco frustrantes para iniciantes. Acho que como todo grande compositor ele fica um pouco a desejar quando canta as próprias canções (Chico Buarque tem o mesmo problema, para citar apenas um exemplo).
Fernanda S. F. disse…
Gostei da novidade... quanto à credibilidade da obra, acho que não será ferida, uma vez que a pintura, diferente da fotografia, não se trata de obra fiel a sua matriz. Creio que nem seja a intenção do Dylan enquanto artista plástico. Parabéns pelo Blog!
Alexandre Kovacs disse…
Fernanda, muito bom o seu comentário, gostei mesmo! Concordo com você que a arte não precisa ser uma representação exata da realidade, mas a minha preocupação neste caso é que o artista tenha sido influenciado por clichês ou preconceitos sobre a situação política e social brasileira. Seria uma pena e poderia afetar a credibilidade que tenho pelo trabalho de Dylan na área de letras e poesia.

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