Dicionário Analógico
Dicionário analógico da língua portuguesa - Francisco Ferreira dos Santos Azevedo - Lexikon Editora Digital, 763 páginas - 2º edição atualizada e revista, 2010 (1º edição 1950)
Fiquei sabendo do lançamento deste livro através dos blogs linha de pesca e Terapia Zero, mas é bom chamar a atenção logo de início que este não é um dicionário comum, por mais respeito e admiração que eu tenha pelos dicionários tradicionais. Em um dicionário analógico o conceito é exatamente oposto ao de um dicionário convencional no qual se buscam significados e informações sobre palavras conhecidas. Neste analógico, segundo informações da editora, temos noção de um significado, temos uma intenção de uso, mas não nos ocorre uma palavra satisfatória e, encontramos uma nuvem de palavras em torno deste significado, ou seja, palavras análogas num maior ou menor grau de proximidade e exatidão, para que nessa nuvem possamos achar a palavra - ou expressão - que melhor nos convém, em qualquer de suas mais prováveis funções gramaticais.
Para facilitar o entendimento vou apresentar o exemplo que a Clara Lopez utilizou lá no blog linha de pesca e que me conquistou de imediato. Vejam só que amarelo mais belo e rico em possibilidades o dicionário analógico recriou:
Amarelo, lourejo, amarelidão, amarelidez, cor baça, cor de mel, açafroamento, almécega, goma, guta, creme, açafrão, açaflor = croco, limão, cádmio, enxofre, topázio, âmbar, cidra, alambre, carabé (ant.), jenolim, jalde, macicote, gema, ouro, plaquê, laranja, ocra, ocre, icterícia, hepatite, xantopsia, ocrósia, xantocromia, xanteloma, xantelasma, xantoma, xanto, xantose, xanteína, cor de doninha.
Esta nova edição, lançada sessenta anos depois da edição original e que já era considerada uma raridade no mercado, acrescentou termos e expressões mais modernas que totalizam 100 mil registros, trazendo um índice geral com todas as palavras citadas. A busca pode ser feita também por uma árvore classificatória de grupos analógicos, mas pelo índice geral é bem mais fácil para iniciantes. A editora Lexikon tem a intenção de lançar brevemente uma versão online do Dicionário Analógico, que poderá ser consultada gratuitamente e receber colaborações de leitores.
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Comentários
Tem nome próprio?
Um abraço, K, e obrigada.
Bjsssssss
grande abraço,
clara
Estou esperando meu exemplar há uns 40 dias... (desde meu aniversário...)
Soube desta maravilha, pela revista Piauí, onde Chico faz uma "quase resenha" (capaz de ser o prefácio...), e fiquei tonta só de imaginar as possibilidades.
Para quem já lê dicionários como romances, este será certamente, um épico!!!!
Amei este post.
Beijos
Gosto bastante de dicionários, gosto mesmo é um bocado crônico... :)
Vou a procura deste.
Valeu a dica, tb me conquistou esse "plaquê"...
Gi
senao é melhor ficar lendo e lendo...
beijos e como sempre adoro vir aqui, se nao venho um dia é pqe nao me sinto bem:)) seano aqui estou
beijos e saudades,
amanha vai ter uma coisinha escrita por meu irmao, no meu blog.
No dele pus o outro dia...
Todas as vezes que eu vinha ao Brasil, nas férias, percorrendo as livrarias, eu procurava por algo semelhante. Porque com o passar do anos lá fora, eu sentia que a qualidade dos meus "sinônimos" estava ficando comprometida. Só achei uma versão semelhante em Portugal nos anos que morei em Coimbra, mas isso foi muito depois... E não tão prático quanto o americano. Pode imaginar, são maneiras diferentes de pensar em uso da língua...
Já não é sem tempo a publicação desse dicionário. Precisávamos dele. Eu chego a ter o Roget's aqui comigo, em inglês, vejo o que quero e aí vejo se dá para traduzir... Que trabalheira! Nos EUA as versões são em capa mole e custam baratíssimo. E além do mais é um livro que se desgasta bem, porque todos aprendem a tê-lo ao lado do computador para poder fazer uso quando for necessário. É uma coisa prática que ajuda também a des-elitizar a cultura.
Desculpe-me pela dissertação.
Um grande abraço, Ladyce