James Joyce - Ulysses

Literatura
James Joyce - Ulysses - Editora Companhia das Letras - Selo Penguin Companhia - 1112 páginas - Tradução de Caetano W. Galindo - Introdução de Declan Kiberd - Coordenação editorial de Paulo Henriques Britto (ler aqui um trecho em pdf disponibilizado pela editora).

Um dos livros mais importantes na história da literatura e certamente o mais influente romance do século XX, Ulysses do irlandês James Joyce, é baseado na Odisseia de Homero, mas ambientado em Dublin e narrando um dia na vida de Leopold Bloom, sua esposa Molly e seu amigo Stephen Dedalus. Este dia, 16 de junho de 1904, passou a ser comemorado mundialmente como o "Bloomsday" em homenagem ao protagonista Leopold Bloom e ao romance que criou o "fluxo de consciência", permanecendo moderno mesmo após 90 anos de sua criação.

Esta é a terceira tradução de Ulisses publicada no Brasil, a primeira e desbravadora edição da Civilização Brasileira, foi lançada em 1966 e contou com a tradução do filólogo Antonio Houaiss. Mais recentemente, em 2005, a Editora Objetiva lançou a tradução de Bernardina da Silveira Pinheiro e agora a Companhia das Letras oferece esta nova versão de Caetano W. Galindo que já traduziu autores como Charles Darwin, Thomas Pynchon, Tom Stoppard e David Foster Wallace. Uma característica importante desta última versão foi ter suprimido as notas de rodapé e deixado o texto de James Joyce correr ao sabor da leitura, mesmo em suas partes mais incompreensíveis.

Ulysses não é um livro para ser lido no metrô, ele exige muita concentração ao longo de suas 1112 páginas e a enorme variedade de palavras inventadas, citações, neologismos e referências históricas. Por outro lado, não precisa ser encarado como um quebra-cabeças literário e pode ser apreciado também sem preconceitos e por uma de suas características principais, o bom humor. Bem, seria ridículo tentar resenhar este romance em um espaço tão limitado, escrevo esta postagem enquanto releio mais uma vez o Ulisses e desejo aos visitantes do blog um feliz Bloomsday.

Comentários

Natasha Tinet disse…
tenho o Ulysses com a tradução da Bernadina, mas ainda quero ler do original. DEve ser como ler Guimarões em outra língua que não seja a nossa, perde-se muito da sonoridade, da fluidez do texto.
Feliz bloomsday!!
Alexandre Kovacs disse…
Natasha, você tem razão! Traduzir Ulisses é uma tarefa que já nasce destinada ao fracasso. Os esforços dos tradutores são louváveis e resultado de anos de pesquisa. Certamente ainda teremos algumas novas traduções até chegarmos mais perto da oralidade desenfreada de Joyce.
nostodoslemos disse…
Pelo visto cheguei atrasada à comemoração... bem, oralidade é assunto para Francês (Pierre Lévy que o diga): "Somos o que fazemos e experimentamos". Quem sabe oportunamente aprofundamos o tema.
Alexandre Kovacs disse…
Lígia, Happy Bloomsday atrasado! Obrigado pela visita e comentário.

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