Inventário de Sonhos - parte III - Jim Morrison
Jim Morrison (1943-1971) pode ser considerado, depois de Bob Dylan, como o maior letrista da história do Rock. Se o poeta simbolista Arthur Rimbaud (1854-1891), autor de "uma estação no inferno", tivesse nascido no século XX, ele seria Jim Morrison, ou pelo menos desejaria ter sido.
Morrison formou em 1965 a banda "The Doors", cujo nome foi originado pelo título do livro "The Doors of Perception" de Aldous Huxley que descreve suas experiências alucinógenas com o uso de mescalina. O próprio Huxley tendo se inspirado em uma citação de William Blake: "Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito". Percebe-se a intimidade de Morrison com a literatura e as influências em seu trabalho.
A banda lançou, no início de 1967, seu primeiro álbum chamado simplesmente "The Doors" que incluiu o sucesso "Light my Fire" transformado em hino do amor livre no final dos anos sessenta. As apresentações do grupo eram verdadeiros eventos que incendiavam a platéia com base no carisma de Morrison.
Em março de 1971, Jim Morrison e sua namorada Pamela se mudaram para Paris com a finalidade de fugir da rotina de drogas e álcool, mas a mudança acabou não dando certo e, em julho de 1971, com apenas 27 anos, ele foi sepultado no famoso cemitério de Pére-Lachaise em Paris, onde ainda hoje, para desespero dos administradores, jovens casais fazem sexo e consomem drogas sobre seu túmulo. Jim Morrison teria gostado.
Comentários
E aquele jeitão beatnik que invocam algumas das suas canções?
E esta semelhança com Rimbaud, não é mesmo gratuita... Você já leu o livro/estudo comparativo dos dois?
Esta série está um espetáculo, Kovacs.
Gratíssima.
Beijos e aquela coisa toda
Obrigado pela visita e elogio!
A fim de divulgar o meu blog, que não anda sendo muito visitado, peço que coloque um link dele no seu blog. Nada mais justo: já tenho o Mundo de K faz muito tempo na minha listinha de 'links'.
Uma troca bem-vinda para a busca de possíveis novos leitores, ao meu ver. Não sei se partilha do mesmo parecer.
E quanto ao post: On the Road e o debut do Doors combinam? Começarei a ler daqui a pouco, e talvez o clima e a combinação de ambos me façam gostar um pouco mais de Doors que, pra mim, nunca passou de uma banda como outra qualquer..
Abraço.