Julian Barnes - O sentido de um fim
Julian Barnes - O sentido de um fim - Editora Rocco - 160 páginas - Tradução de Léa Viveiros de Castro - Lançamento 2012.
O inglês Julian Barnes foi o vencedor do Booker Prize 2011 com este ótimo romance em que aborda como a nossa memória pode ser seletiva ou mesmo repleta de distorções ao longo da vida. De uma forma mais ampla, Barnes faz um paralelo com a história quando cita que: "história é aquela certeza fabricada no instante em que as imperfeições da memória se encontram com as falhas de documentação" ou ainda que "a história é a mentira dos vencedores", mais especificamente, no caso deste livro, "a ilusão dos perdedores". Não é a primeira vez que Barnes lida com a mistura de história e ficção em sua carreira, como por exemplo em "O Papagaio de Flaubert" de 1984.
Neste romance, Tony Webster é um protagonista e narrador nada "confiável", em idade bastante avançada ele é confrontado com o seu passado quando uma inesperada herança faz com que tenha que encontrar novamente a primeira namorada e relembrar a morte de um amigo de adolescência que se suicidou muito jovem. A lembrança que Webster tem desta época é totalmente unilateral e ele vai descobrindo aos poucos, juntamente com o surpreso leitor, o quanto errou com as pessoas e influiu no desfecho trágico dos ex-amigos.
Julian Barnes escreve com muita leveza e inteligência, separando aos poucos os fatos verdadeiros daqueles reconstruídos ou distorcidos pela memória viciada do protagonista. A trama do romance é extremamente simples, mas a maneira como Julian Barnes desenvolve a narrativa é criativa e envolvente, um romance que se lê muito rapidamente e com prazer e também onde nada é o que parece de início.
O inglês Julian Barnes foi o vencedor do Booker Prize 2011 com este ótimo romance em que aborda como a nossa memória pode ser seletiva ou mesmo repleta de distorções ao longo da vida. De uma forma mais ampla, Barnes faz um paralelo com a história quando cita que: "história é aquela certeza fabricada no instante em que as imperfeições da memória se encontram com as falhas de documentação" ou ainda que "a história é a mentira dos vencedores", mais especificamente, no caso deste livro, "a ilusão dos perdedores". Não é a primeira vez que Barnes lida com a mistura de história e ficção em sua carreira, como por exemplo em "O Papagaio de Flaubert" de 1984.
Neste romance, Tony Webster é um protagonista e narrador nada "confiável", em idade bastante avançada ele é confrontado com o seu passado quando uma inesperada herança faz com que tenha que encontrar novamente a primeira namorada e relembrar a morte de um amigo de adolescência que se suicidou muito jovem. A lembrança que Webster tem desta época é totalmente unilateral e ele vai descobrindo aos poucos, juntamente com o surpreso leitor, o quanto errou com as pessoas e influiu no desfecho trágico dos ex-amigos.
Julian Barnes escreve com muita leveza e inteligência, separando aos poucos os fatos verdadeiros daqueles reconstruídos ou distorcidos pela memória viciada do protagonista. A trama do romance é extremamente simples, mas a maneira como Julian Barnes desenvolve a narrativa é criativa e envolvente, um romance que se lê muito rapidamente e com prazer e também onde nada é o que parece de início.
Onde encontrar o livro: Clique aqui para comprar O sentido de um fim de Julian Barnes
Comentários
http://pedrices.blogs.sapo.pt/30891.html?thread=21419
É um desafio minha meta de redução de consumo literário em oposição a minhas vindas ao Mundo de K, onde você se supera a cada dia com as melhores dicas de autores e obras lançadas. É uma conta que teima em não fechar. Quase impossível não te visitar, aguça a curiosidade sempre.