20 livros proibidos que moldaram a América
É difícil acreditar, mas alguns clássicos da literatura norte-americana, tais como: As Aventuras de Huckleberry Finn, Moby Dick e O Grande Gatsby foram censurados e proibidos no próprio território dos EUA. O levantamento sobre as obras censuradas está disponível no site "banned books week" que é organizado por uma aliança de instituições editoriais e bibliotecas. Não estamos falando aqui de listas de proibições religiosas como o Index Librorum Prohibitorum da Igreja Católica (abolido em 1966 pelo Papa Paulo VI) ou de livros polêmicos como Mein Kempf de Hitler mas, simplesmente, de romances (alguns de caráter juvenil) e poesia. Segue a relação em ordem cronológica com os comentários em tradução livre.
(01) The Scarlet Letter, Nathaniel Hawthorne, 1850
No Brasil: A Letra Escarlate - Editora Companhia das Letras
Não é de surpreender a indignação moralista que o livro causou na época do lançamento. No entanto, é de se espantar quando cento e quarenta anos depois ainda é proibido por ser pecaminoso e entrar em conflito com os valores da comunidade. Os pais em um distrito escolar chamaram o livro de "pornográfico" e "obsceno" em 1977. É evidente que isso ocorreu antes da era da Internet.
(02) Moby Dick, Herman Melville, 1851
No Brasil: Moby Dick - Editora Cosac Naify
Um distrito escolar no Texas baniu o livro das listas de aulas de inglês avançado devido aos "conflitos com seus valores comunitários" em 1996. Valores comunitários são frequentemente citados em discussões sobre livros censurados pelas partes reclamantes.
(03) Uncle Tom´s Cabin, Harriet Beecher Stowe, 1852
No Brasil: A Cabana do Pai Tomás - Editora Ediouro
Assim como outros clássicos proibidos da época, a descrição precisa do contexto histórico e cultural no qual os escravos eram tratados nos Estados Unidos, transformou o livro em um potencial candidato à censura (como se isso eliminasse ou transformasse a história).
(04) Leaves of Grass, Walt Whitman, 1855
No Brasil: Folhas de Relva - Editora Iluminuras
Se eles não entendem poderão proibi-lo. Este foi o caso quando o grande poema americano "Leaves of Grass" foi publicado pela primeira vez e a Sociedade de Nova York para a Supressão do Vício (?) entendeu a sensualidade do texto como perturbadora. Livreiros de Nova York, Massachusetts e Pensilvânia chegaram a aconselhar os seus clientes a não comprar o livro "sujo".
(05) The Adventures of Huckleberry Finn, Mark Twain, 1884
No Brasil: A Letra Escarlate - Editora Companhia das Letras
Não é de surpreender a indignação moralista que o livro causou na época do lançamento. No entanto, é de se espantar quando cento e quarenta anos depois ainda é proibido por ser pecaminoso e entrar em conflito com os valores da comunidade. Os pais em um distrito escolar chamaram o livro de "pornográfico" e "obsceno" em 1977. É evidente que isso ocorreu antes da era da Internet.
(02) Moby Dick, Herman Melville, 1851
No Brasil: Moby Dick - Editora Cosac Naify
Um distrito escolar no Texas baniu o livro das listas de aulas de inglês avançado devido aos "conflitos com seus valores comunitários" em 1996. Valores comunitários são frequentemente citados em discussões sobre livros censurados pelas partes reclamantes.
(03) Uncle Tom´s Cabin, Harriet Beecher Stowe, 1852
No Brasil: A Cabana do Pai Tomás - Editora Ediouro
Assim como outros clássicos proibidos da época, a descrição precisa do contexto histórico e cultural no qual os escravos eram tratados nos Estados Unidos, transformou o livro em um potencial candidato à censura (como se isso eliminasse ou transformasse a história).
(04) Leaves of Grass, Walt Whitman, 1855
No Brasil: Folhas de Relva - Editora Iluminuras
Se eles não entendem poderão proibi-lo. Este foi o caso quando o grande poema americano "Leaves of Grass" foi publicado pela primeira vez e a Sociedade de Nova York para a Supressão do Vício (?) entendeu a sensualidade do texto como perturbadora. Livreiros de Nova York, Massachusetts e Pensilvânia chegaram a aconselhar os seus clientes a não comprar o livro "sujo".
(05) The Adventures of Huckleberry Finn, Mark Twain, 1884
No Brasil: As Aventuras de Huckleberry Finn - Editora LPM
A primeira proibição deste clássico americano de Mark Twain, na pequena cidade de Concord, Massachusets, em 1885, declarou o livro como "lixo adequado apenas para as favelas". O romance de Twain é um dos mais criticados de todos os tempos e é frequentemente contestado até hoje por causa do uso constante da palavra "negro". Por outro lado, alega-se que é "racialmente insensível", "opressor" e "perpetua o racismo".
(06) The Red Badge of Courage, Stephen Crane, 1895
No Brasil: O Emblema Vermelho da Coragem - Editora Companhia das Letras
Restringir o acesso e recusar a permissão para que professores ensinem sobre os livros ainda é uma forma de censura em muitos casos. Esta obra foi incluída, entre muitas outras, em uma lista compilada em 1986 nos Estados Unidos depois que os pais começaram a apresentar denúncias informais sobre livros em uma biblioteca escolar.
(06) The Red Badge of Courage, Stephen Crane, 1895
No Brasil: O Emblema Vermelho da Coragem - Editora Companhia das Letras
Restringir o acesso e recusar a permissão para que professores ensinem sobre os livros ainda é uma forma de censura em muitos casos. Esta obra foi incluída, entre muitas outras, em uma lista compilada em 1986 nos Estados Unidos depois que os pais começaram a apresentar denúncias informais sobre livros em uma biblioteca escolar.
(07) The Call of the Wild, Jack London, 1903
No Brasil: O Chamado Selvagem - Editora Ediouro
Geralmente saudado como o melhor trabalho de Jack London, The Call of the Wild é criticado por seu tom sombrio e violência sangrenta. O livro foi proibido na Itália, Iugoslávia e queimado em fogueiras na Alemanha nazista no final de 1920 e início dos anos 30 por ter sido considerado "muito radical". Ler aqui resenha do Mundo de K.
(08) The Jungle, Upton Sinclair, 1906
No Brasil: Não publicado no Brasil
As visões, supostamente socialistas, expressas neste livro fizeram com que fosse proibido na Iugoslávia, Alemanha Oriental, Coreia do Sul e Boston (lugares bem diferentes não é mesmo?).
(09) The Great Gatsby, F. Scott Fitzgerald, 1925
No Brasil: O Grande Gatsby - Editora LPM
Talvez o primeiro grande romance americano que vem à mente do grande público, este livro narra o consumo de bebida e vidas decadentes de personagens da sociedade de East Hampton. Ele foi censurado no Colégio Batista na Carolina do Sul por causa da linguagem e meras referências ao sexo.
(10) Gone With the Wind, Margaret Mitchell, 1936
No Brasil: E O Vento Levou - Editora Record
O romance, vencedor do prêmio Pulitzer (que três anos após a sua publicação tornou-se um filme vencedor do Oscar), narra a vida da filha mimada de um fazendeiro sulista antes e depois da queda da Confederação e declínio da região Sul após a Guerra Civil. Elogiado pela crítica por sua instigante representação da vida sulista na época, também foi censurado pelas mesmas razões, além do uso das expressões "nigger" e "darkies".
(11) The Grapes of Wrath, John Steinbeck, 1939
No Brasil: As Vinhas da Ira - Editora Record / Bestbolso
O Condado de Kern, California, tem a grande honra de ter sido o cenário do romance de Steinbeck e também de ser o primeiro local onde ele foi proibido em 1939. Objeções aos palavrões, especialmente "maldição" e as referências sexuais, continuaram até os anos noventa. É um livro com histórico de proibição internacional: foi proibido na Irlanda na década de 50 e um grupo de livreiros na Turquia foi levado ao tribunal por "divulgar propaganda" em 1973.
(12) For Whom the Bell Tolls, Ernest Hemingway, 1940
No Brasil: Por Quem Os Sinos dobram - Editora Record
Pouco tempo após a sua publicação, o correio dos EUA, cujo objetivo era, em parte, monitorar e censurar a distribuição de mídia e textos, declarou o livro como "nonmaiable". Na década de 1970, oito livreiros turcos foram julgados por "divulgar propaganda desfavorável para o Estado" porque tinham publicado e distribuído o texto.
(13) A Streetcar Named Desire, Tennessee Williams, 1947
No Brasil: Um Bonde Chamado Desejo - Editora LPM
O conteúdo sexual desta peça de teatro, que mais tarde se tornou um filme popular e aclamado pela crítica, sofreu uma espécie de auto-censura quando o filme estava sendo feito. O diretor cortou varias cenas para obter uma classificação adequada e se proteger contra queixas de imoralidade da peça.
(14) The Catcher in the Rye, J.D. Salinger, 1951
No Brasil: O Apanhador no Campo de Centeio - Editora do Autor
O jovem Holden Caulfield, protagonista deste romance, é um filho favorito dos censores. O livro frequentemente é removido de salas de aula e bibliotecas escolares porque é: "inaceitável", "obsceno", "blasfemo", "negativo", "sujo" e "prejudica a moralidade". E pensar que Holden Caulfield sempre imaginou que "as pessoas nunca percebiam nada".
(15) Invisible Man, Ralph Ellison, 1952
No Brasil: O Homem Invisível - Editora Record / José Olympio
O livro de Ellison ganhou o National Book Award de 1953 por abordar habilmente questões de nacionalismo negro, marxismo e identidade no século XX. Considerado demasiadamente "expert" nesses assuntos para algumas escolas de ensino médio, o livro foi proibido nas listas de leitura em escolas na Pensilvânia, Wisconsin e Washington.
(16) Fahrenheit 451, Ray Bradbury, 1953
No Brasil: Fahrenheit 451 - Editora Globo
No lugar de proibir o livro que é sobre censura, uma escola em Irvine, California fez uma coisa talvez ainda pior, utilizou uma versão expurgada do texto em que todos os "infernos" e "maldições" foram apagados. Outras reclamações acusaram o livro ser contra crenças religiosas. Ler aqui resenha do Mundo de K.
(17) Howl, Allen Ginsberg, 1956
No Brasil: Uivo - Allen Ginsberg - Editora LPM
Seguindo os passos de outros clássicos da poesia censurados como "Leaves of Grass" (o que pode ser considerado uma honra), as poesias de Allen Ginsberg foram censuradas pelas descrições de atos homossexuais.
(18) To Kill a Mockingbird, Harper Lee, 1960
No Brasil: O Sol é Para Todos - Editora Record / José Olympio
O grande romance de Harper Lee permanece como uma prova positiva de que o impulso da censura está vivo e bem nos EUA, ainda hoje. Para alguns educadores, o vencedor do prêmio Pulitzer é um dos maiores textos que os adolescentes podem estudar em uma aula de literatura norte-americana. Para outros, é considerado uma obra degradante, profana e racista que "promove a supremacia branca".
(19) In Cold Blood, Truman Capote, 1966
No Brasil: A Sangue Frio - Editora Companhia das Letras
Foi objeto de controvérsia em uma aula de inglês na cidade de Savannah, Geórgia, depois que um pai reclamou sobre sexo, violência e profanação. Proibido e posteriormente liberado.
(20) Beloved, Toni Morrison, 1987
Várias vezes este romance, vencedor do prêmio Pulitzer e da autora Afro-americana mais influente de todos os tempos, foi passado a estudantes de inglês do ensino médio. E novamente, por várias vezes, foram apresentadas queixas pelos pais devido à sua violência, conteúdo sexual e bestialidade.
(08) The Jungle, Upton Sinclair, 1906
No Brasil: Não publicado no Brasil
As visões, supostamente socialistas, expressas neste livro fizeram com que fosse proibido na Iugoslávia, Alemanha Oriental, Coreia do Sul e Boston (lugares bem diferentes não é mesmo?).
(09) The Great Gatsby, F. Scott Fitzgerald, 1925
No Brasil: O Grande Gatsby - Editora LPM
Talvez o primeiro grande romance americano que vem à mente do grande público, este livro narra o consumo de bebida e vidas decadentes de personagens da sociedade de East Hampton. Ele foi censurado no Colégio Batista na Carolina do Sul por causa da linguagem e meras referências ao sexo.
(10) Gone With the Wind, Margaret Mitchell, 1936
No Brasil: E O Vento Levou - Editora Record
O romance, vencedor do prêmio Pulitzer (que três anos após a sua publicação tornou-se um filme vencedor do Oscar), narra a vida da filha mimada de um fazendeiro sulista antes e depois da queda da Confederação e declínio da região Sul após a Guerra Civil. Elogiado pela crítica por sua instigante representação da vida sulista na época, também foi censurado pelas mesmas razões, além do uso das expressões "nigger" e "darkies".
(11) The Grapes of Wrath, John Steinbeck, 1939
No Brasil: As Vinhas da Ira - Editora Record / Bestbolso
O Condado de Kern, California, tem a grande honra de ter sido o cenário do romance de Steinbeck e também de ser o primeiro local onde ele foi proibido em 1939. Objeções aos palavrões, especialmente "maldição" e as referências sexuais, continuaram até os anos noventa. É um livro com histórico de proibição internacional: foi proibido na Irlanda na década de 50 e um grupo de livreiros na Turquia foi levado ao tribunal por "divulgar propaganda" em 1973.
(12) For Whom the Bell Tolls, Ernest Hemingway, 1940
No Brasil: Por Quem Os Sinos dobram - Editora Record
Pouco tempo após a sua publicação, o correio dos EUA, cujo objetivo era, em parte, monitorar e censurar a distribuição de mídia e textos, declarou o livro como "nonmaiable". Na década de 1970, oito livreiros turcos foram julgados por "divulgar propaganda desfavorável para o Estado" porque tinham publicado e distribuído o texto.
No Brasil: Um Bonde Chamado Desejo - Editora LPM
O conteúdo sexual desta peça de teatro, que mais tarde se tornou um filme popular e aclamado pela crítica, sofreu uma espécie de auto-censura quando o filme estava sendo feito. O diretor cortou varias cenas para obter uma classificação adequada e se proteger contra queixas de imoralidade da peça.
(14) The Catcher in the Rye, J.D. Salinger, 1951
No Brasil: O Apanhador no Campo de Centeio - Editora do Autor
O jovem Holden Caulfield, protagonista deste romance, é um filho favorito dos censores. O livro frequentemente é removido de salas de aula e bibliotecas escolares porque é: "inaceitável", "obsceno", "blasfemo", "negativo", "sujo" e "prejudica a moralidade". E pensar que Holden Caulfield sempre imaginou que "as pessoas nunca percebiam nada".
(15) Invisible Man, Ralph Ellison, 1952
No Brasil: O Homem Invisível - Editora Record / José Olympio
O livro de Ellison ganhou o National Book Award de 1953 por abordar habilmente questões de nacionalismo negro, marxismo e identidade no século XX. Considerado demasiadamente "expert" nesses assuntos para algumas escolas de ensino médio, o livro foi proibido nas listas de leitura em escolas na Pensilvânia, Wisconsin e Washington.
(16) Fahrenheit 451, Ray Bradbury, 1953
No Brasil: Fahrenheit 451 - Editora Globo
No lugar de proibir o livro que é sobre censura, uma escola em Irvine, California fez uma coisa talvez ainda pior, utilizou uma versão expurgada do texto em que todos os "infernos" e "maldições" foram apagados. Outras reclamações acusaram o livro ser contra crenças religiosas. Ler aqui resenha do Mundo de K.
(17) Howl, Allen Ginsberg, 1956
No Brasil: Uivo - Allen Ginsberg - Editora LPM
Seguindo os passos de outros clássicos da poesia censurados como "Leaves of Grass" (o que pode ser considerado uma honra), as poesias de Allen Ginsberg foram censuradas pelas descrições de atos homossexuais.
(18) To Kill a Mockingbird, Harper Lee, 1960
No Brasil: O Sol é Para Todos - Editora Record / José Olympio
O grande romance de Harper Lee permanece como uma prova positiva de que o impulso da censura está vivo e bem nos EUA, ainda hoje. Para alguns educadores, o vencedor do prêmio Pulitzer é um dos maiores textos que os adolescentes podem estudar em uma aula de literatura norte-americana. Para outros, é considerado uma obra degradante, profana e racista que "promove a supremacia branca".
(19) In Cold Blood, Truman Capote, 1966
No Brasil: A Sangue Frio - Editora Companhia das Letras
Foi objeto de controvérsia em uma aula de inglês na cidade de Savannah, Geórgia, depois que um pai reclamou sobre sexo, violência e profanação. Proibido e posteriormente liberado.
(20) Beloved, Toni Morrison, 1987
No Brasil: Amada - Editora Companhia das Letras
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