Adriana Carranca - Malala, a menina que queria ir para a escola
Adriana Carranca - Malala, a menina que queria ir para a escola - Ilustrações de Bruna Assis Brasil - Editora Companhia das Letrinhas - 96 Páginas - Lançamento 27/04/2015 - Prêmio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil em 2016, nas categorias “Melhor livro informativo” e “Escritora revelação”.
Será que é possível escrever um livro para crianças em um estilo de jornalismo literário ou livro-reportagem, que seja lúdico e, ao mesmo tempo, informativo, explicando e fazendo pensar sobre temas contemporâneos com simplicidade e, finalmente, cumprindo a função de ser inspirador para nossos filhos? Bem, a escritora e jornalista Adriana Carranca conseguiu tudo isso ao contar a história da paquistanesa Malala Yousafzai, baleada por membros do Talibã aos catorze anos por defender o direito de acesso das meninas à educação e que milagrosamente sobreviveu, transformando-se na mais jovem ganhadora de um prêmio Nobel da paz em 2014, uma menina corajosa que só queria ir para a escola e acabou ajudando no difícil e lento processo de mudar o mundo.
Para contar como tudo isso aconteceu, Adriana passou alguns dias em 2012 no vilarejo onde vivia a família de Malala no vale do Swat, norte do Paquistão. Ela ficou hospedada na casa da família de seu tradutor e foi um dos primeiros profissionais de imprensa a fazer uma matéria sobre o atentado na região que é de difícil acesso e muito perigosa (principalmente para uma jornalista), neste momento Malala ainda estava em coma. Adriana entrevistou várias pessoas do vilarejo, a diretora da escola que foi fechada por ameaça dos talibãs e as outras duas adolescentes, Kainat Riaz e Shazia Ramzan que estavam com a jovem no momento em que ela foi baleada e também feridas.
O livro, que é lindamente ilustrado por Bruna Assis Brasil, explica de maneira simples e objetiva os costumes locais e o contexto histórico da região, desde as lutas contra os grandes conquistadores como Alexandre, o Grande (328 a.C.), e Gengis Khan (1200), até os conflitos modernos que iniciaram com a invasão do Afeganistão pelos soviéticos em 1978, provocando a fuga de milhares de famílias para viver em campos de refugiados no Paquistão e a formação do violento movimento Talibã. Difícil acreditar que uma história como essa possa ser contada para crianças, mas é a própria Adriana, que nunca havia escrito um livro infantojuvenil, que explica no texto abaixo, extraído do blog da Editora Companhia das Letras, os motivos que a levaram a escolher este formato.
Dê uma chance aos seus filhos de conhecer um conto de fadas diferente (nada contra os contos de fadas tradicionais), ainda melhor, leia junto com eles e se deixe levar pela emocionante trajetória da menina paquistanesa que desafiou a lei dos talibãs em nome do conhecimento. Um livro para refletir sobre temas como direito à educação, igualdade e tolerância. Aconteceu no Paquistão, mas infelizmente ainda ocorre em muitos outros países onde crianças não podem ser simplesmente crianças, inclusive no Brasil de hoje, bem perto da nossa casa.
A autora, que já foi correspondente na ONU em 2012, é atualmente colunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo e escreve principalmente sobre conflitos, tolerância religiosa e direitos humanos, com olhar especial sobre a condição das mulheres. Já publicou os livros "O Irã sob o chador" (2010) e "O Afeganistão depois do Talibã" (2011). É uma jornalista conceituada como correspondente internacional, tento sido enviada especial para reportagens nos seguintes países: Haiti, Síria, Paquistão, Afeganistão, Iraque, Irã, Egito, Indonésia, territórios palestino e República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Uganda.
Para contar como tudo isso aconteceu, Adriana passou alguns dias em 2012 no vilarejo onde vivia a família de Malala no vale do Swat, norte do Paquistão. Ela ficou hospedada na casa da família de seu tradutor e foi um dos primeiros profissionais de imprensa a fazer uma matéria sobre o atentado na região que é de difícil acesso e muito perigosa (principalmente para uma jornalista), neste momento Malala ainda estava em coma. Adriana entrevistou várias pessoas do vilarejo, a diretora da escola que foi fechada por ameaça dos talibãs e as outras duas adolescentes, Kainat Riaz e Shazia Ramzan que estavam com a jovem no momento em que ela foi baleada e também feridas.
O livro, que é lindamente ilustrado por Bruna Assis Brasil, explica de maneira simples e objetiva os costumes locais e o contexto histórico da região, desde as lutas contra os grandes conquistadores como Alexandre, o Grande (328 a.C.), e Gengis Khan (1200), até os conflitos modernos que iniciaram com a invasão do Afeganistão pelos soviéticos em 1978, provocando a fuga de milhares de famílias para viver em campos de refugiados no Paquistão e a formação do violento movimento Talibã. Difícil acreditar que uma história como essa possa ser contada para crianças, mas é a própria Adriana, que nunca havia escrito um livro infantojuvenil, que explica no texto abaixo, extraído do blog da Editora Companhia das Letras, os motivos que a levaram a escolher este formato.
"Recebi o convite para escrever um livro sobre Malala pouco depois do atentado contra ela. A ideia inicial era escrever para o público adulto. Mas, na medida em que eu conheci mais e mais sua história, tornou-se impossível ignorar a mensagem poderosa e transformadora que ela traz às crianças. (...) Quando cheguei ao Vale do Swat, onde ela vivia, Malala ainda estava em coma e não era certo se sobreviveria ao tiro disparado contra ela por um integrante do grupo Talibã, que controla partes do cinturão tribal do Paquistão, na conturbada fronteira com o Afeganistão. Ela era ainda desconhecida do mundo e nada indicava, então, que seu drama seria diferente daquele de milhares de crianças anônimas que morrem em números alarmantes na região, vítimas da violência – região que eu visitara inúmeras vezes como jornalista e onde testemunhara de perto a condição das mulheres e crianças."
A autora, que já foi correspondente na ONU em 2012, é atualmente colunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo e escreve principalmente sobre conflitos, tolerância religiosa e direitos humanos, com olhar especial sobre a condição das mulheres. Já publicou os livros "O Irã sob o chador" (2010) e "O Afeganistão depois do Talibã" (2011). É uma jornalista conceituada como correspondente internacional, tento sido enviada especial para reportagens nos seguintes países: Haiti, Síria, Paquistão, Afeganistão, Iraque, Irã, Egito, Indonésia, territórios palestino e República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Uganda.
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