Douglas Stuart - Booker Prize 2020
Foto Martyn Pickersgill / Divulgação Booker Prize |
O escocês Douglas Stuart é o vencedor do Booker Prize 2020 com o seu romance de estreia Shuggie Bain. O autor é desconhecido no Brasil, mas certamente a visibilidade da premiação irá alavancar a tradução e publicação do livro no mercado nacional muito em breve. O livro é de cunho autobiográfico sobre um filho homossexual, Shuggie, e a sua mãe alcoólatra, Agnes Bain, em Glasgow na Escócia, na década de 1980, durante o governo de Margaret Thatcher. O autor dedicou a obra à mãe, que morreu vítima de alcoolismo quando ele tinha apenas 16 anos.
A organização do Booker Prize resumiu da seguinte forma os motivos da escolha da obra: “está destinada a ser um clássico – um comovente, imersivo e complexo retrato de um mundo social coeso, das suas pessoas e dos seus valores. A emocionante história fala-nos do amor incondicional entre Agnes Bain – que cai no alcoolismo dadas as difíceis circunstâncias de vida com que tem de lidar – e o seu filho mais novo. Shuggie tem dificuldades em assumir a responsabilidade, muito além daquela que lhe deveria ser pedida, dada a sua idade, de salvar a mãe de si própria, ao mesmo tempo que lida com novos sentimentos e questões quanto à sua própria alteridade.”
No ano passado o prêmio foi dividido entre a canadense Margaret Atwood (Os Testamentos - Editora Rocco) e a anglo-nigeriana Bernardine Evaristo (Garota, mulher, outras - Editora Companhia das Letras) em uma decisão muito questionada pelos fãs de Bernardine Evaristo.
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