Olga Tokarczuk e Peter Handke levam o Prêmio Nobel de Literatura de 2018 e 2019

Prêmio Nobel de Literatura
Olga Tokarczuk e Peter Handke. Fotos: Beata Zawrel/APA/AFP via Getty Images

A polonesa Olga Tokarczuk e o dramaturgo austríaco Peter Handke são os vencedores do Nobel de Literatura de 2018 e 2019. Depois de "pular" um ano em decorrência dos escândalos de assédio sexual e vazamento de informações, a Academia divulga dois vencedores de uma só vez, cada um levará um prêmio de 9 milhões de coroas suecas ou o equivalente a R$ 3,7 milhões, nada mal para a área de literatura não é mesmo?

Olga Tokarczuk foi a vencedora do Man Booker International Prize versão 2018 com o romance Flights, lançado no Brasil em 2014 como Os Vagantes pela editora Tinta Negra. O livro narra as histórias de várias personagens como o anatomista holandês do século XVII Philip Verheyen, que descobriu o tendão de Aquiles, passando por um escravo tornado cortesão do século XVIII na Áustria, até uma mulher, no presente, que acompanha o seu marido num cruzeiro nas ilhas gregas. Ela terá um novo romance lançado no Brasil pela Editora Todavia em novembro, Sobre os ossos dos mortos.

Peter Handke é mais conhecido do público brasileiro, escreveu romances, peças de teatro, contos, ensaios e roteiros cinematográficos. No cinema, seu roteiro Movimento em Falso foi dirigido pelo diretor alemão Wim Wenders. Muitos textos de Handke já foram traduzidos para o português, como exemplo seu romance A Perda da Imagem ou Através da Sierra de Gredos (Estação Liberdade, 2009).

Como sempre as escolhas da Academia Sueca são polêmicas (mesmo na oportunidade de uma premiação dupla) e nunca agradam à maioria dos leitores. No meu caso particular posso nomear alguns nomes como António Lobo Antunes (Portugal), Javier Marías (Espanha), Mia Couto (Moçambique) ou Lygia Fagundes Telles (Brasil) que, no meu entendimento, seriam melhores representantes de um legado literário universal.

A premiação é concedida anualmente desde 1901 e considera o conjunto da obra de um autor vivo (infelizmente Philip Roth e Amós Oz já não podem ser considerados), muitas vezes com uma orientação fortemente política ou mesmo questionada pela comunidade literária internacional, como foi o caso da escolha de Bob Dylan em 2016. Enfim, é sempre uma boa oportunidade para falar de livros e grandes escritores e escritoras.

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