Chico Buarque - Prêmio Camões 2019
O cantor, compositor e escritor Chico Buarque, 74 anos, é o vencedor do Prêmio Camões 2019, um dos maiores reconhecimentos da literatura em língua portuguesa. Ele é o 13º brasileiro a receber a honraria, passando a integrar um seleto time de autores já premiados: Raduan Nassar (2016), Alberto da Costa e Silva (2014), Dalton Trevisan (2012), Ferreira Gullar (2010), João Ubaldo Ribeiro (2008), Lygia Fagundes Telles (2005), Rubem Fonseca (2003), Autran Dourado (2000), António Cândido de Mello e Sousa (1998), Jorge Amado (1995), Rachel de Queiroz (1993) e João Cabral de Melo Neto (1990).
Já consagrado em sua brilhante carreira musical, Chico Buarque tem uma produção literária consistente com obras de dramaturgia, poemas e os premiados romances: Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003), Leite Derramado (2009) e O Irmão Alemão (2014). Logo, é bom que se diga que qualquer comparação com a polêmica premiação do músico e genial letrista Bob Dylan ao Prêmio Nobel de Literatura em 2016 não se aplica (apesar de me considerar um fã incondicional da obra de Dylan, pura poesia).
O prêmio Camões foi criado pelos governos de Portugal e Brasil para os autores que, pelo conjunto de sua obra, tenham contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua portuguesa. Este ano o anúncio foi realizado nesta terça-feira, 21, no Rio de Janeiro, após uma reunião na sede da Biblioteca Nacional que decidiu pela escolha de Chico Buarque que receberá 100 mil euros.
Segue abaixo a relação completa de vencedores do Prêmio Camões desde a sua criação:
1989 - Miguel Torga (Portugal, 1907-1994);
1990 - João Cabral de Melo Neto (Brasil, 1920-1999);
1991 - José Craveirinha (Moçambique, 1922-2003);
1992 - Vergílio Ferreira (Portugal, 1916-1996);
1993 - Rachel de Queiroz (Brasil, 1910-2003);
1994 - Jorge Amado (Brasil, 1912-2001);
1995 - José Saramago (Portugal, 1922);
1996 - Eduardo Lourenço (Portugal, 1923);
1997 - Pepetela (Angola, 1941);
1998 - António Cândido (Brasil, 1918-2017);
1999 - Sophia de Mello Breyner (Portugal, 1919-2004);
2000 - Autran Dourado (Brasil, 1926);
2001 - Eugénio de Andrade (Portugal, 1923-2005);
2002 - Maria Velho da Costa (Portugal, 1938);
2003 - Rubem Fonseca (Brasil, 1925);
2004 - Agustina Bessa-Luís (Portugal, 1922);
2005 - Lygia Fagundes Telles (Brasil, 1923);
2006 - José Luandino Vieira (Angola, 1935);
2007 - António Lobo Antunes (Portugal, 1942);
2008 - João Ubaldo Ribeiro (Brasil, 1941-2014);
2009 - Arménio Vieira (Cabo Verde, 1930);
2010 - Ferreira Gullar (Brasil, 1930-2016);
2011 - Manuel António Pina (Portugal, 1943–2012);
2012 - Dalton Trevisan (Brasil, 1925);
2013 - Mia Couto (Moçambique, 1955)
2014 - Alberto da Costa e Silva (Brasil, 1931)
2015 - Hélia Correia (Portugal, 1949)
2016 - Raduan Nassar (Brasil, 1935)
2017 - Manuel Alegre (Portugal, 1936)
2018 - Germano Almeida (Cabo Verde, 1945)
2019 - Chico Buarque (Brasil, 1944)
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