Os melhores livros e resenhas de 2018
Mais uma vez é chegado o momento das listas de final de ano. Esta não reflete somente os lançamentos de 2018, mas também as melhores resenhas de livros publicadas em ordem cronológica, como sempre com base apenas no meu gosto — sigam os links clicando no título dos livros para ler as resenhas completas. Desejo a todos um ótimo 2019 com muita literatura, cultura e arte em geral. Conto com a presença de vocês no Mundo de K!
(01) Silviano Santiago - Machado
(resenha publicada em 01/01/2018)
O romance brasileiro mais premiado de 2017, tendo vencido o Jabuti nesta categoria, eleito como livro do ano de ficção pela organização e ainda levado o segundo lugar do Prêmio Oceanos, "Machado" não é exatamente — ou somente — um romance, embora contenha elementos de ficção. Pode ser classificado como um ensaio de crítica literária, biografia ou até mesmo estudo de pesquisa histórica. É bom que se diga que, em qualquer dessas categorias, é um livro que reflete a erudição do professor Silviano Santiago, Doutor em letras pela Sorbonne, exigindo atenção redobrada do leitor, assim como algum conhecimento prévio sobre a obra machadiana.
Onde encontrar o livro: Clique aqui para comprar Machado
(02) Margaret Atwood - The Handmaid's Tale
(resenha publicada em 06/01/2018)
No site de leitores Goodreads existe uma relação que conta, até o momento, 320 edições diferentes cadastradas para "The Handmaid's Tale" ou o "O Conto da Aia" como foi traduzido no Brasil e relançado ano passado pela Rocco com novo projeto gráfico de Laurindo Feliciano. Uma das distopias mais conhecidas da literatura, a obra publicada originalmente em 1985, ganhou novo fôlego trinta anos após seu lançamento, com a premiada adaptação para uma série de TV nos EUA lançada em abril/2017 que continua em produção, com previsão de nova temporada em 2018, assim como a recente eleição de um certo presidente norte-americano com plataforma política de extrema direita.
(02) Margaret Atwood - The Handmaid's Tale
(resenha publicada em 06/01/2018)
No site de leitores Goodreads existe uma relação que conta, até o momento, 320 edições diferentes cadastradas para "The Handmaid's Tale" ou o "O Conto da Aia" como foi traduzido no Brasil e relançado ano passado pela Rocco com novo projeto gráfico de Laurindo Feliciano. Uma das distopias mais conhecidas da literatura, a obra publicada originalmente em 1985, ganhou novo fôlego trinta anos após seu lançamento, com a premiada adaptação para uma série de TV nos EUA lançada em abril/2017 que continua em produção, com previsão de nova temporada em 2018, assim como a recente eleição de um certo presidente norte-americano com plataforma política de extrema direita.
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(03) Lygia Fagundes Telles - As Horas Nuas
(resenha publicada em 06/01/2018)
Talvez o livro menos lido e comentado de Lygia Fagundes Telles, "As Horas Nuas", lançado originalmente em 1989, foi o seu último romance publicado, depois dos clássicos: "Ciranda de Pedra" (1954), "Verão no Aquário" (1964) e "As Meninas" (1973). A produção de contos da escritora é bem mais extensa, sendo representada pelo excelente "Antes do Baile Verde" (1970) — Ler aqui resenha do Mundo de K. Um romance narrado, em sua maior parte, por uma atriz narcisista, decadente e alcoólatra, e seu gato filósofo. Uma chance para Lygia Fagundes Telles nos mostrar mais uma vez a dificuldade da existência nos grandes centros urbanos, a solidão e a perda das ilusões.
(03) Lygia Fagundes Telles - As Horas Nuas
(resenha publicada em 06/01/2018)
Talvez o livro menos lido e comentado de Lygia Fagundes Telles, "As Horas Nuas", lançado originalmente em 1989, foi o seu último romance publicado, depois dos clássicos: "Ciranda de Pedra" (1954), "Verão no Aquário" (1964) e "As Meninas" (1973). A produção de contos da escritora é bem mais extensa, sendo representada pelo excelente "Antes do Baile Verde" (1970) — Ler aqui resenha do Mundo de K. Um romance narrado, em sua maior parte, por uma atriz narcisista, decadente e alcoólatra, e seu gato filósofo. Uma chance para Lygia Fagundes Telles nos mostrar mais uma vez a dificuldade da existência nos grandes centros urbanos, a solidão e a perda das ilusões.
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(04) Natalia Ginzburg - Léxico familiar
(resenha publicada em 17/02/2018)
Há livros que são muito difíceis de explicar, não pela complexidade do argumento ou virtuosismo técnico do autor, muito pelo contrário, justamente nas obras supostamente mais simples é que reside o problema de identificar a sutileza ou o truque de mágica que encanta e sensibiliza o leitor. Assim ocorre com "Léxico familiar" de Natalia Ginzburg (1916-1991). Não encontro paralelo na literatura clássica ou contemporânea em que possa me apoiar para explicar esta obra por comparação. O livro, herança do acervo da extinta Editora Cosac Naify, foi relançado pela Companhia das Letras com prefácio inédito de Alejandro Zambra.
(04) Natalia Ginzburg - Léxico familiar
(resenha publicada em 17/02/2018)
Há livros que são muito difíceis de explicar, não pela complexidade do argumento ou virtuosismo técnico do autor, muito pelo contrário, justamente nas obras supostamente mais simples é que reside o problema de identificar a sutileza ou o truque de mágica que encanta e sensibiliza o leitor. Assim ocorre com "Léxico familiar" de Natalia Ginzburg (1916-1991). Não encontro paralelo na literatura clássica ou contemporânea em que possa me apoiar para explicar esta obra por comparação. O livro, herança do acervo da extinta Editora Cosac Naify, foi relançado pela Companhia das Letras com prefácio inédito de Alejandro Zambra.
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(05) Aline Bei - O Peso do Pássaro Morto
(resenha publicada em 18/03/2018)
Gostei muito do livro de estreia da paulistana Aline Bei, "O Peso do Pássaro Morto", um romance-poema em forma de diário, se é que podemos chamar assim, por falta de definição melhor, e que incorpora elementos de prosa e poesia na sua construção, mas não se enquadra com facilidade em nenhuma das duas categorias. Ao utilizar o efeito da distribuição das palavras na página impressa, a autora obtém um inusitado elemento de ritmo narrativo. Uma técnica que surpreende ao extrapolar o formato tradicional do poema e assumir a condução completa do romance.
(05) Aline Bei - O Peso do Pássaro Morto
(resenha publicada em 18/03/2018)
Gostei muito do livro de estreia da paulistana Aline Bei, "O Peso do Pássaro Morto", um romance-poema em forma de diário, se é que podemos chamar assim, por falta de definição melhor, e que incorpora elementos de prosa e poesia na sua construção, mas não se enquadra com facilidade em nenhuma das duas categorias. Ao utilizar o efeito da distribuição das palavras na página impressa, a autora obtém um inusitado elemento de ritmo narrativo. Uma técnica que surpreende ao extrapolar o formato tradicional do poema e assumir a condução completa do romance.
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(06) Mia Couto - O Bebedor de Horizontes
(resenha publicada em 30/03/2018)
Este é o último volume da trilogia histórica sobre a queda do Estado de Gaza no final do século XIX, região conhecida hoje como Moçambique e de seu imperador Ngunguyane ou Gungunhana, como era chamado pelos portugueses na época. Assim como os dois primeiros volumes da série, este também é um romance histórico diferente, utilizando-se de pessoas e fatos reais, Mia Couto escreve com a sua forte veia poética e o auxílio da riqueza das lendas do folclore local, para resgatar um pouco da dignidade do povo africano, explorado por um processo brutal de colonização predatória imposto pelas potências europeias.
(06) Mia Couto - O Bebedor de Horizontes
(resenha publicada em 30/03/2018)
Este é o último volume da trilogia histórica sobre a queda do Estado de Gaza no final do século XIX, região conhecida hoje como Moçambique e de seu imperador Ngunguyane ou Gungunhana, como era chamado pelos portugueses na época. Assim como os dois primeiros volumes da série, este também é um romance histórico diferente, utilizando-se de pessoas e fatos reais, Mia Couto escreve com a sua forte veia poética e o auxílio da riqueza das lendas do folclore local, para resgatar um pouco da dignidade do povo africano, explorado por um processo brutal de colonização predatória imposto pelas potências europeias.
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(07) Juan Rulfo - O Galo de Ouro
(resenha publicada em 03/04/2018)
O mexicano Juan Rulfo (1917-1986) é considerado um dos escritores mais influentes em língua espanhola do século XX, normalmente é citado também como um dos precursores do realismo mágico, movimento que ajudou a popularizar outros escritores latino-americanos nos anos sessenta e setenta, tais como: Gabriel Garcia Márquez da Colômbia e Mario Vargas Llosa do Peru, ambos honrados com o Nobel de Literatura. Contudo, a bibliografia de Juan Rulfo é limitada a apenas um livro de contos: "Chão em Chamas" de 1953 e um romance: "Pedro Páramo" de 1955.
(07) Juan Rulfo - O Galo de Ouro
(resenha publicada em 03/04/2018)
O mexicano Juan Rulfo (1917-1986) é considerado um dos escritores mais influentes em língua espanhola do século XX, normalmente é citado também como um dos precursores do realismo mágico, movimento que ajudou a popularizar outros escritores latino-americanos nos anos sessenta e setenta, tais como: Gabriel Garcia Márquez da Colômbia e Mario Vargas Llosa do Peru, ambos honrados com o Nobel de Literatura. Contudo, a bibliografia de Juan Rulfo é limitada a apenas um livro de contos: "Chão em Chamas" de 1953 e um romance: "Pedro Páramo" de 1955.
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(08) George Saunders - Lincoln no Limbo
(resenha publicada em 05/04/2018)
Um dos livros mais emocionantes e criativos que li nos últimos tempos. Partindo de acontecimentos históricos reais durante a Guerra Civil dos EUA, sem que possa ser considerado um romance histórico tradicional, o autor imaginou uma desesperada visita do então inconformado presidente Abraham Lincoln, feita em 1862, ao corpo de seu filho Willie de 11 anos, vítima de febre tifoide, na noite após o sepultamento do menino, em um mausoléu no cemitério de Washington. Certamente já pode ser considerado um dos melhores lançamentos deste ano, muito recomendado.
(08) George Saunders - Lincoln no Limbo
(resenha publicada em 05/04/2018)
Um dos livros mais emocionantes e criativos que li nos últimos tempos. Partindo de acontecimentos históricos reais durante a Guerra Civil dos EUA, sem que possa ser considerado um romance histórico tradicional, o autor imaginou uma desesperada visita do então inconformado presidente Abraham Lincoln, feita em 1862, ao corpo de seu filho Willie de 11 anos, vítima de febre tifoide, na noite após o sepultamento do menino, em um mausoléu no cemitério de Washington. Certamente já pode ser considerado um dos melhores lançamentos deste ano, muito recomendado.
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(09) Albert Camus - O Exílio e o Reino
(resenha publicada em 05/04/2018)
Ótima oportunidade para ler ou reler um dos maiores clássicos do século XX de Camus, Prêmio Nobel de Literatura de 1957. "O Exílio e o Reino" é o único volume de contos e último livro de ficção publicado antes de sua morte prematura em um acidente de carro no ano de 1960. O volume reúne seis contos, ambientados na África, Europa e Brasil, que refletem o absurdo da condição humana, a estranheza e inadaptação que transforma a vida em solidão ou exílio, tema que marcou toda a obra de Camus, um homem que soube resumir as grandes questões sociais e políticas do seu tempo, tanto no campo da filosofia como na ficção.
(09) Albert Camus - O Exílio e o Reino
(resenha publicada em 05/04/2018)
Ótima oportunidade para ler ou reler um dos maiores clássicos do século XX de Camus, Prêmio Nobel de Literatura de 1957. "O Exílio e o Reino" é o único volume de contos e último livro de ficção publicado antes de sua morte prematura em um acidente de carro no ano de 1960. O volume reúne seis contos, ambientados na África, Europa e Brasil, que refletem o absurdo da condição humana, a estranheza e inadaptação que transforma a vida em solidão ou exílio, tema que marcou toda a obra de Camus, um homem que soube resumir as grandes questões sociais e políticas do seu tempo, tanto no campo da filosofia como na ficção.
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(10) Franz Kafka - Blumfeld, um solteirão de mais idade
(resenha publicada em 16/04/2018)
A seleção dos 35 contos desta antologia, acrescida de um drama inédito no Brasil, "O Guarda da Cripta", feita pelo tradutor e escritor Marcelo Backes, foi norteada pela sua tese de que os diferentes heróis de Kafka são sempre os mesmos e compartilham características muito comuns ao autor tais como: a solidão provocada pela inadequação ao mundo e as exigências de uma sociedade com a qual ele não se identifica, o conceito de culpa e punição, a opressão vinda de um poder que simboliza as consequências dos erros de uma educação dominadora recebida do pai, enfim uma série de elementos que se repetem em toda a obra de Kafka.
(10) Franz Kafka - Blumfeld, um solteirão de mais idade
(resenha publicada em 16/04/2018)
A seleção dos 35 contos desta antologia, acrescida de um drama inédito no Brasil, "O Guarda da Cripta", feita pelo tradutor e escritor Marcelo Backes, foi norteada pela sua tese de que os diferentes heróis de Kafka são sempre os mesmos e compartilham características muito comuns ao autor tais como: a solidão provocada pela inadequação ao mundo e as exigências de uma sociedade com a qual ele não se identifica, o conceito de culpa e punição, a opressão vinda de um poder que simboliza as consequências dos erros de uma educação dominadora recebida do pai, enfim uma série de elementos que se repetem em toda a obra de Kafka.
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(11) Sophia de Mello Breyner Andresen - Coral
(resenha publicada em 22/04/2018)
Muito pouco publicada no Brasil, a poeta Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) é uma das vozes mais importantes da literatura portuguesa, tendo sido a primeira mulher a ser agraciada com o Prêmio Camões em 1999. A antologia lançada agora pela Companhia das Letras, com seleção e apresentação de Eucanaã Ferraz, cobre toda a extensão da bibliografia da autora, dona de um estilo que provoca identificação imediata no leitor, uma poesia que é pura imagem, luz e mar.
Onde encontrar o livro: Clique aqui para comprar Coral
(12) Krishna Monteiro - O Mal de Lázaro
(resenha publicada em 01/05/2018)
Krishna Monteiro escolheu para epígrafe do seu romance de estreia um trecho do poema "A Máquina do Mundo" de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), incluído em "Claro Enigma" de 1951 e eleito em 2000 o melhor poema brasileiro do século XX. A citação é bem mais do que uma mera referência estética porque, assim como no famoso poema de Drummond, o protagonista de "O Mal de Lázaro" se isolou do mundo e tem uma possibilidade de retorno, revelação ou redenção, por meio da arte, em uma das possíveis interpretações do poema e do romance.
(11) Sophia de Mello Breyner Andresen - Coral
(resenha publicada em 22/04/2018)
Muito pouco publicada no Brasil, a poeta Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) é uma das vozes mais importantes da literatura portuguesa, tendo sido a primeira mulher a ser agraciada com o Prêmio Camões em 1999. A antologia lançada agora pela Companhia das Letras, com seleção e apresentação de Eucanaã Ferraz, cobre toda a extensão da bibliografia da autora, dona de um estilo que provoca identificação imediata no leitor, uma poesia que é pura imagem, luz e mar.
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(12) Krishna Monteiro - O Mal de Lázaro
(resenha publicada em 01/05/2018)
Krishna Monteiro escolheu para epígrafe do seu romance de estreia um trecho do poema "A Máquina do Mundo" de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), incluído em "Claro Enigma" de 1951 e eleito em 2000 o melhor poema brasileiro do século XX. A citação é bem mais do que uma mera referência estética porque, assim como no famoso poema de Drummond, o protagonista de "O Mal de Lázaro" se isolou do mundo e tem uma possibilidade de retorno, revelação ou redenção, por meio da arte, em uma das possíveis interpretações do poema e do romance.
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(13) Don DeLillo - Zero K
(resenha publicada em 03/05/2018)
Em seu mais recente romance, Zero K, o tema é a eterna aspiração humana pela imortalidade, representada aqui pelo procedimento de preservação de corpos a baixa temperatura, um processo já conhecido como criogenia, que considera a possibilidade de que os avanços da medicina e tecnologia permitam ressuscitá-los em um futuro remoto. O argumento bem poderia ser classificado à primeira vista como ficção científica (embora também o seja), contudo, Don DeLillo vai bem mais além, sem querer desmerecer o gênero.
(13) Don DeLillo - Zero K
(resenha publicada em 03/05/2018)
Em seu mais recente romance, Zero K, o tema é a eterna aspiração humana pela imortalidade, representada aqui pelo procedimento de preservação de corpos a baixa temperatura, um processo já conhecido como criogenia, que considera a possibilidade de que os avanços da medicina e tecnologia permitam ressuscitá-los em um futuro remoto. O argumento bem poderia ser classificado à primeira vista como ficção científica (embora também o seja), contudo, Don DeLillo vai bem mais além, sem querer desmerecer o gênero.
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(14) Paul Beatty - O Vendido (The Sellout)
(resenha publicada em 17/05/2018)
The Sellout foi traduzido por Rogério Galindo e lançado no Brasil no ano passado pela Editora Todavia com o título de O Vendido, o livro já havia levado o National Book Critics Circle Award de 2015, chegando a ser comparado pelo júri do Man Booker Prize com obras escritas por Mark Twain e Jonathan Swift, mestres do gênero da sátira. Após ler o romance, a minha avaliação é de que a crítica social de Paul Beatty, com base em um humor corrosivo e corajoso, alcança o nível dos textos de Kurt Vonnegut, Thomas Pynchon e Junot Díaz, outros grandes resenhistas da sociedade contemporânea nos Estados Unidos.
(14) Paul Beatty - O Vendido (The Sellout)
(resenha publicada em 17/05/2018)
The Sellout foi traduzido por Rogério Galindo e lançado no Brasil no ano passado pela Editora Todavia com o título de O Vendido, o livro já havia levado o National Book Critics Circle Award de 2015, chegando a ser comparado pelo júri do Man Booker Prize com obras escritas por Mark Twain e Jonathan Swift, mestres do gênero da sátira. Após ler o romance, a minha avaliação é de que a crítica social de Paul Beatty, com base em um humor corrosivo e corajoso, alcança o nível dos textos de Kurt Vonnegut, Thomas Pynchon e Junot Díaz, outros grandes resenhistas da sociedade contemporânea nos Estados Unidos.
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(15) Umberto Eco - Confissões de um jovem romancista
(16) Mario Levrero - O Romance Luminoso
(resenha publicada em 21/05/2018)
Mario Levrero recebeu uma bolsa no ano 2000 para concluir um romance inacabado, O Romance Luminoso, de cunho autobiográfico. Ele iniciou então um diário detalhado que chamou de "diário da bolsa", de agosto de 2000 até agosto de 2001. O período coberto pelo diário é coincidente com o final de uma relação amorosa importante e, de certa forma, é o "testemunho de um fracasso" já que foi impossível para Levrero retomar o antigo projeto que acabou ficando com a sua forma e tamanho originais, de aproximadamente 140 páginas, enquanto o diário de mais de 500 páginas, publicado como um "prólogo" assumiu a identidade do próprio romance.
(17) Felipe Franco Munhoz - Identidades
(resenha publicada em 14/06/2018)
Experimental é um termo insuficiente para definir o que propõe Felipe Franco Munhoz nesta obra que incorpora elementos de várias expressões artísticas como: prosa, poesia, dramaturgia, artes plásticas e música. Partindo de referências da mitologia grega e literatura como, por exemplo, a saga de Fausto e Mefistófeles, um tema recorrente em toda a cultura ocidental, o autor faz uma transposição de personagens clássicos para a nossa época de forma a destacar questões como a crise de identidade, mudanças de gênero e as relações afetivas.
(15) Umberto Eco - Confissões de um jovem romancista
(resenha publicada em 21/05/2018)
Confissões de um jovem romancista é composto por quatro ensaios incluídos como parte do programa de palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna, na Universidade Emory, em Atlanta, Estados Unidos. Apesar do conhecimento enciclopédico do autor, assim como a sua extensa produção acadêmica e teórica na área de semiologia, o texto é acessível e muito bem-humorado, recomendado para escritores e leitores da boa literatura em geral, embora seja difícil definir o que seja tal coisa.
Confissões de um jovem romancista é composto por quatro ensaios incluídos como parte do programa de palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna, na Universidade Emory, em Atlanta, Estados Unidos. Apesar do conhecimento enciclopédico do autor, assim como a sua extensa produção acadêmica e teórica na área de semiologia, o texto é acessível e muito bem-humorado, recomendado para escritores e leitores da boa literatura em geral, embora seja difícil definir o que seja tal coisa.
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(16) Mario Levrero - O Romance Luminoso
(resenha publicada em 21/05/2018)
Mario Levrero recebeu uma bolsa no ano 2000 para concluir um romance inacabado, O Romance Luminoso, de cunho autobiográfico. Ele iniciou então um diário detalhado que chamou de "diário da bolsa", de agosto de 2000 até agosto de 2001. O período coberto pelo diário é coincidente com o final de uma relação amorosa importante e, de certa forma, é o "testemunho de um fracasso" já que foi impossível para Levrero retomar o antigo projeto que acabou ficando com a sua forma e tamanho originais, de aproximadamente 140 páginas, enquanto o diário de mais de 500 páginas, publicado como um "prólogo" assumiu a identidade do próprio romance.
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(17) Felipe Franco Munhoz - Identidades
(resenha publicada em 14/06/2018)
Experimental é um termo insuficiente para definir o que propõe Felipe Franco Munhoz nesta obra que incorpora elementos de várias expressões artísticas como: prosa, poesia, dramaturgia, artes plásticas e música. Partindo de referências da mitologia grega e literatura como, por exemplo, a saga de Fausto e Mefistófeles, um tema recorrente em toda a cultura ocidental, o autor faz uma transposição de personagens clássicos para a nossa época de forma a destacar questões como a crise de identidade, mudanças de gênero e as relações afetivas.
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(18) Paul Auster - 4 3 2 1
(resenha publicada em 08/07/2018)
(18) Paul Auster - 4 3 2 1
(resenha publicada em 08/07/2018)
Este romance marca o retorno de Paul Auster ao mercado editorial após um período de sete anos sem lançamentos na área de ficção, tendo sido não só o finalista, mas também o favorito do influente Man Booker Prize do ano passado, quando foi superado por Lincoln no Limbo de George Saunders, em uma decisão nada fácil para os juízes, em uma das versões mais competitivas da premiação em muitos anos, e que contou ainda com os livros de Arundhati Roy e Zadie Smith na longlist de 2017.
Onde encontrar o livro: Clique aqui para comprar 4 3 2 1
(19) Geny Vilas-Novas - Fazendas ásperas
(resenha publicada em 13/07/2018)
Como resumir o gênero literário da mineira Geny Vilas-Novas? Memorialismo, autobiografia, romance de ficção ou prosa poética? Talvez um pouco de tudo isso em uma estrutura narrativa que oscila todo o tempo entre a primeira e a terceira pessoa, presente e passado, regional e universal. Bem, já se percebe que temos aqui um autêntico exercício de literatura na melhor tradição de outros grandes escritores de Minas Gerais.
Onde encontrar o livro: Clique aqui para comprar Fazendas ásperas
(20) Toni Morrison - Amada (Beloved)
(resenha publicada em 22/08/2018)
No início do romance, ambientado em 1873, uma época portanto já posterior ao final da Guerra Civil e a proibição oficial da escravidão nos Estados Unidos, encontramos Sethe, ex-escrava, que vive com a filha Denver e a sogra Baby Suggs em um casarão, chamado simplesmente de 124, no subúrbio de Cincinatti, Ohio. O isolamento das três e os estranhos fenômenos paranormais que ocorrem na casa, assombrada pelo fantasma de um bebê, passam a ser explicados em uma narrativa que oscila todo o tempo entre o presente e o passado, e por meio de diferentes pontos de vista de cada personagem.
(19) Geny Vilas-Novas - Fazendas ásperas
(resenha publicada em 13/07/2018)
Como resumir o gênero literário da mineira Geny Vilas-Novas? Memorialismo, autobiografia, romance de ficção ou prosa poética? Talvez um pouco de tudo isso em uma estrutura narrativa que oscila todo o tempo entre a primeira e a terceira pessoa, presente e passado, regional e universal. Bem, já se percebe que temos aqui um autêntico exercício de literatura na melhor tradição de outros grandes escritores de Minas Gerais.
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(20) Toni Morrison - Amada (Beloved)
(resenha publicada em 22/08/2018)
No início do romance, ambientado em 1873, uma época portanto já posterior ao final da Guerra Civil e a proibição oficial da escravidão nos Estados Unidos, encontramos Sethe, ex-escrava, que vive com a filha Denver e a sogra Baby Suggs em um casarão, chamado simplesmente de 124, no subúrbio de Cincinatti, Ohio. O isolamento das três e os estranhos fenômenos paranormais que ocorrem na casa, assombrada pelo fantasma de um bebê, passam a ser explicados em uma narrativa que oscila todo o tempo entre o presente e o passado, e por meio de diferentes pontos de vista de cada personagem.
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(21) Luisa Geisler - De espaços abandonados
(resenha publicada em 29/08/2018)
Essa é a história da Maria Alice, Maicou (Matildo), Bruna (Bunny), Caetano, Maria Eduarda, Janaína, um gato adotado chamado Taco Cat e muitas outras almas perdidas em Dublin. Apesar de ser um romance extremamente ambicioso do ponto de vista de técnica narrativa, não considero como um mero exercício de virtuosismo literário. Neste caso, a forma foi induzida pelo conteúdo e, ao terminar o livro, fiquei com a impressão de que não havia melhor maneira de contar essas histórias.
(21) Luisa Geisler - De espaços abandonados
(resenha publicada em 29/08/2018)
Essa é a história da Maria Alice, Maicou (Matildo), Bruna (Bunny), Caetano, Maria Eduarda, Janaína, um gato adotado chamado Taco Cat e muitas outras almas perdidas em Dublin. Apesar de ser um romance extremamente ambicioso do ponto de vista de técnica narrativa, não considero como um mero exercício de virtuosismo literário. Neste caso, a forma foi induzida pelo conteúdo e, ao terminar o livro, fiquei com a impressão de que não havia melhor maneira de contar essas histórias.
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(22) Alberto Mussa - A biblioteca elementar
(resenha publicada em 01/09/2018)
A biblioteca elementar utiliza uma deliciosa linguagem que remete aos costumes do passado e a um erotismo perfeitamente enquadrado na narrativa, o romance conta ainda com os seguintes elementos de apoio à trama: uma misteriosa biblioteca e a prática das ciências ocultas para controlar o universo dos vivos e dos mortos. O romance é ambientado, em sua maior parte, durante o ano de 1733, nas imediações do convento de Santo Antônio, onde hoje fica localizado o Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro.
(22) Alberto Mussa - A biblioteca elementar
(resenha publicada em 01/09/2018)
A biblioteca elementar utiliza uma deliciosa linguagem que remete aos costumes do passado e a um erotismo perfeitamente enquadrado na narrativa, o romance conta ainda com os seguintes elementos de apoio à trama: uma misteriosa biblioteca e a prática das ciências ocultas para controlar o universo dos vivos e dos mortos. O romance é ambientado, em sua maior parte, durante o ano de 1733, nas imediações do convento de Santo Antônio, onde hoje fica localizado o Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro.
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(23) J.M. Coetzee - A vida escolar de Jesus
(resenha publicada em 05/09/2018)
Relembrando o primeiro romance, A infância de Jesus, que originou esta continuação: um homem de meia-idade desembarca, juntamente com um menino que se perdeu da mãe durante a viagem de navio, em um continente não identificado e em uma época não definida, juntos descobrem uma sociedade que oscila entre a utopia e a distopia, uma espécie de campo de refugiados.Talvez o livro represente um alerta para o vazio existencial da nossa época, onde as pessoas vivem um presente vazio e burocrático.
(23) J.M. Coetzee - A vida escolar de Jesus
(resenha publicada em 05/09/2018)
Relembrando o primeiro romance, A infância de Jesus, que originou esta continuação: um homem de meia-idade desembarca, juntamente com um menino que se perdeu da mãe durante a viagem de navio, em um continente não identificado e em uma época não definida, juntos descobrem uma sociedade que oscila entre a utopia e a distopia, uma espécie de campo de refugiados.Talvez o livro represente um alerta para o vazio existencial da nossa época, onde as pessoas vivem um presente vazio e burocrático.
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(24) André de Leones - Eufrates
(resenha publicada em 14/09/2018)
Ao acompanhar a trajetória de dois jovens amigos, Jonas e Moshe, ao longo do período entre 1999 e 2013, de forma não linear e fragmentada, André de Leones vai revelando aos poucos, seja por meio das ações dos próprios protagonistas ou de suas reações aos percalços da vida, personalidades tão marcantes que conquistam a identificação do leitor, não por serem pessoas diferentes ou especiais, justamente pelo contrário, na sua simplicidade e autenticidade acabamos torcendo por eles, para que consigam ser felizes da melhor forma possível.
(24) André de Leones - Eufrates
(resenha publicada em 14/09/2018)
Ao acompanhar a trajetória de dois jovens amigos, Jonas e Moshe, ao longo do período entre 1999 e 2013, de forma não linear e fragmentada, André de Leones vai revelando aos poucos, seja por meio das ações dos próprios protagonistas ou de suas reações aos percalços da vida, personalidades tão marcantes que conquistam a identificação do leitor, não por serem pessoas diferentes ou especiais, justamente pelo contrário, na sua simplicidade e autenticidade acabamos torcendo por eles, para que consigam ser felizes da melhor forma possível.
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(25) Victor Heringer - Glória
(resenha publicada em 05/10/2018)
A vida foi muito curta para o carioca Victor Heringer. O final precoce de uma carreira brilhante aos 29 anos, tanto na prosa quanto na poesia, deixou o meio literário nacional chocado quando, em março de 2018, veio a notícia absurda de sua morte. O romance Glória, publicado originalmente pela editora 7Letras e relançado agora pela Companhia das Letras, é uma ótima oportunidade para conhecer a prosa refinada do autor.
(25) Victor Heringer - Glória
(resenha publicada em 05/10/2018)
A vida foi muito curta para o carioca Victor Heringer. O final precoce de uma carreira brilhante aos 29 anos, tanto na prosa quanto na poesia, deixou o meio literário nacional chocado quando, em março de 2018, veio a notícia absurda de sua morte. O romance Glória, publicado originalmente pela editora 7Letras e relançado agora pela Companhia das Letras, é uma ótima oportunidade para conhecer a prosa refinada do autor.
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(26) Nuno Rau - Mecânica Aplicada
(resenha publicada em 12/10/2018)
O carioca Nuno Rau é um dos finalistas do Prêmio Jabuti 2018 com esta coletânea de poemas, Mecânica Aplicada, que insinua no título e na capa uma improvável conexão entre a cultura e a máquina. Bem, posso garantir, por experiência própria, que engenheiros e arquitetos não são insensíveis ao apelo da arte e que também ocorre muitas vezes da poesia se inspirar nas ciências exatas, mesmo que seja para subverter os mecanismos da realidade e encontrar um sentido – por meio da subjetividade da palavra – que justifique a existência do homem no mundo.
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(27) André Nigri - Paralisia
(resenha publicada em 30/10/2018)
O escritor e jornalista mineiro André Nigri marca a sua estreia na literatura com Paralisia, um romance forte, com múltiplas técnicas narrativas e um texto que vai direto ao ponto, sem retoques. Solidão e sofrimento são as matérias-primas trabalhadas pelo autor a partir da história de vida do protagonista Jofre Monteiro, que chega à meia idade com contradições e fragilidades, acumulando fracassos e casamentos, em um estado permanente de paralisia moral.
(26) Nuno Rau - Mecânica Aplicada
(resenha publicada em 12/10/2018)
O carioca Nuno Rau é um dos finalistas do Prêmio Jabuti 2018 com esta coletânea de poemas, Mecânica Aplicada, que insinua no título e na capa uma improvável conexão entre a cultura e a máquina. Bem, posso garantir, por experiência própria, que engenheiros e arquitetos não são insensíveis ao apelo da arte e que também ocorre muitas vezes da poesia se inspirar nas ciências exatas, mesmo que seja para subverter os mecanismos da realidade e encontrar um sentido – por meio da subjetividade da palavra – que justifique a existência do homem no mundo.
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(27) André Nigri - Paralisia
(resenha publicada em 30/10/2018)
O escritor e jornalista mineiro André Nigri marca a sua estreia na literatura com Paralisia, um romance forte, com múltiplas técnicas narrativas e um texto que vai direto ao ponto, sem retoques. Solidão e sofrimento são as matérias-primas trabalhadas pelo autor a partir da história de vida do protagonista Jofre Monteiro, que chega à meia idade com contradições e fragilidades, acumulando fracassos e casamentos, em um estado permanente de paralisia moral.
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(28) Juliana Leite - Entre as mãos
(resenha publicada em 07/11/2018)
Romance vencedor do prêmio Sesc de Literatura de 2018, Entre as mãos surpreende pela originalidade na construção do texto e uma segurança difícil de se encontrar em uma autora estreante. Alternando passado, presente e futuro, assim como diferentes vozes narrativas, Juliana Leite apresenta ao leitor uma sofrida protagonista chamada Magdalena, jovem tecelã que sobrevive a um grave acidente, passando por um longo período em coma no hospital e um posterior processo de reaprendizado da fala e de reconstrução do corpo.
(28) Juliana Leite - Entre as mãos
(resenha publicada em 07/11/2018)
Romance vencedor do prêmio Sesc de Literatura de 2018, Entre as mãos surpreende pela originalidade na construção do texto e uma segurança difícil de se encontrar em uma autora estreante. Alternando passado, presente e futuro, assim como diferentes vozes narrativas, Juliana Leite apresenta ao leitor uma sofrida protagonista chamada Magdalena, jovem tecelã que sobrevive a um grave acidente, passando por um longo período em coma no hospital e um posterior processo de reaprendizado da fala e de reconstrução do corpo.
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(29) Tobias Carvalho - As coisas
(resenha publicada em 11/11/2018)
Vencedor do prêmio Sesc de Literatura de 2018 na categoria de contos, Tobias Carvalho apresenta uma variedade de técnicas narrativas em As coisas, mas sempre com base em uma mesma unidade temática, que ainda enfrenta barreiras para encontrar espaço na literatura brasileira, os encontros e desencontros de um jovem homossexual em nossa época de redes sociais e aplicativos de encontros sexuais. O texto, direto e sem concessões, descreve uma realidade que ainda tem muito de clandestina e é ignorada ou evitada por grande parte da sociedade brasileira.
(29) Tobias Carvalho - As coisas
(resenha publicada em 11/11/2018)
Vencedor do prêmio Sesc de Literatura de 2018 na categoria de contos, Tobias Carvalho apresenta uma variedade de técnicas narrativas em As coisas, mas sempre com base em uma mesma unidade temática, que ainda enfrenta barreiras para encontrar espaço na literatura brasileira, os encontros e desencontros de um jovem homossexual em nossa época de redes sociais e aplicativos de encontros sexuais. O texto, direto e sem concessões, descreve uma realidade que ainda tem muito de clandestina e é ignorada ou evitada por grande parte da sociedade brasileira.
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(30) Zadie Smith - Ritmo Louco
(resenha publicada em 17/11/2018)
Ritmo Louco (Swing Time) é o quinto romance da bem-sucedida bibliografia de Zadie Smith, hoje uma referência na literatura contemporânea em língua inglesa. Filha de mãe jamaicana e pai inglês, assim como sua protagonista e narradora sem nome neste livro, a autora volta a escrever sobre alguns temas recorrentes em suas obras anteriores, a partir do ponto de vista de uma mulher negra e pobre que enfrenta conflitos familiares e tenta encontrar formas de crescimento e participação em uma sociedade de oportunidades desiguais.
(30) Zadie Smith - Ritmo Louco
(resenha publicada em 17/11/2018)
Ritmo Louco (Swing Time) é o quinto romance da bem-sucedida bibliografia de Zadie Smith, hoje uma referência na literatura contemporânea em língua inglesa. Filha de mãe jamaicana e pai inglês, assim como sua protagonista e narradora sem nome neste livro, a autora volta a escrever sobre alguns temas recorrentes em suas obras anteriores, a partir do ponto de vista de uma mulher negra e pobre que enfrenta conflitos familiares e tenta encontrar formas de crescimento e participação em uma sociedade de oportunidades desiguais.
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